Opinião - José Richard

A Guarda Municipal e os agentes do Detran precisam começar a agir na fiscalização das motos que circulam sem placas pelas principais vias da Ilha do Governador. Muitas vezes pilotadas por motoqueiros que não gostam de usar capacete e que avançam os sinais descaradamente, circulam em cima das calçadas entre os pedestres e assustam senhoras e idosos com o seu característico barulho ensurdecedor.

Antes que essas irregularidades passem a ser um novo normal e se tornem invisíveis aos olhares e o agir das autoridades, a polícia precisa estar mais ligada e fazer o seu papel com mais rigor, de modo a que a população não sinta medo quando surge uma moto e o pedestre, que atravessa o sinal, não corra o risco de ser atropelado.

Com o aumento dos serviços de delivery multiplicou-se a quantidade de motos circulando pelas ruas e as ações irregulares dos maus pilotos está contaminando aos outros e gerando um comportamento inadmissível que desrespeita as regras de trânsito e coloca em risco a população que está nas ruas.

No trânsito os próprios motoristas são pressionados a abrir espaços entre seus veículos para a passagem das motos que sob o barulho irritante de buzinas estridentes buscam espaço mesmo ao custo de quebrarem retrovisores ou com ameaças a quem procura dirigir seus carros obedecendo às normas e sinalizações internacionais do trânsito.

Se a fiscalização, que é responsabilidade do Detran, continuar omissa e as transgressões acontecendo sob as suas vistas, sem nenhum tipo de ação educativa ou punitiva, o cidadão comum que cumpre as regras, vai entender que faz papel de idiota ao parar no sinal fechado.

A população da Ilha do Governador não pode aceitar que as ruas de calçadas da região se transformem em espaços aonde a impunidade começa a prosperar. Infelizmente o governo estadual retirou da PM o poder de agir no trânsito.