Opinião

Opinião – José Richard


26/04/2024 - Edição 2195

Tenho reiterado minha convicção de que a Ilha do Governador possui características e potencial para se tornar uma das regiões mais prósperas da cidade. Basta, por exemplo, aproveitar os caminhos marítimos e a privilegiada localização geográfica na Baía de Guanabara. A região está ao lado de cinco cidades – Rio, Caxias, Magé, São Gonçalo e Niterói – cuja proximidade por mar precisa ser estimulada para o transporte de cargas e passageiros.  

Sem contar com a Ilha de Paquetá, cuja população poderia ter mais facilidades para compras e oportunidades de empregos na nossa Ilha. Só é preciso criar, no Terminal Hidroviário do Cocotá, uma escala das barcas da linha Paquetá. Entretanto, não há nenhum movimento para isso. É inacreditável, mas as barcas que ligam Paquetá ao Centro não fazem parada na Ilha do Governador. Passa na frente direto! 

Agora, com o edital da prefeitura para criar a linha de barcas entre os aeroportos do Galeão e Santos Dumont – cuja operação vai facilitar a vida dos passageiros em trânsito pelos dois aeroportos –, pode ser que surjam novas ideias para o transporte marítimo ligando a Ilha do Governador com outras cidades.  

A Ilha do Governador pode se transformar num importante polo de desenvolvimento econômico do Estado. É uma vocação natural pela posição privilegiada na Baía de Guanabara, cujo potencial de atividades poderosas como o aeroporto do Galeão, gera automaticamente desdobramentos positivos em diversos ramos de negócios. A distribuição de cargas e encomendas, além dos milhões de passageiros que anualmente circulam pela Ilha do Governador no Tom Jobim fazem parte deste óbvio potencial. 

Hoje a posição da Ilha do Governador no mapa é subestimada. Nosso esforço e políticas públicas precisam inverter o olhar, e considerar como tarefa prioritária o potencial da região para o desenvolvimento da cidade. Os sinais estão no ar e no mar.