Opinião

Opinião – José Richard


19/04/2024 - Edição 2194

Assisti, penalizado, no início da noite da sexta (12), a passagem de três jovens conduzindo velozmente cavalos visivelmente nervosos disputando espaço entre carros e ônibus no trecho da orla entre a Ribeira, Zumbi, Praia da Bandeira e Aterro do Cocotá.  O perigo 

É intolerável que esses animais ainda circulem por ruas da Ilha do Governador. Nossas vias são quase todas asfaltadas ou com paralelepípedos, condições totalmente impróprias para os animais que ficam sujeitos a quedas, ferimentos e rachadura nos cascos, entre outros riscos. 

Imagine na sexta, o motorista dirigindo à noite naquelas vias de mão dupla, e repentinamente três vultos de cavalos (obviamente sem nenhuma sinalização) surgem no sentido oposto, sujeitos a escorregões, tropeços, buracos, além das reações de instabilidade diante de buzinas e a imprevisibilidades naturais dos animais.  

Deus ajuda! Felizmente nenhum acidente foi registrado. Abateu-se, entretanto uma forte indignação das pessoas que casualmente assistiram a cruel exibição e ao sofrimento dos três cavalos numa corrida louca.   

Há cerca de duas semanas, tendo como cenário a Estrada do Galeão, cavaleiro e motociclista apostaram uma inacreditável corrida entre cavalo e moto no trajeto entre a Praça do Avião e o Hortifruti. Após, o cavalo foi abandonado em frente ao mercado e em seguida levado ao Centro de Zoonoses, órgão público municipal encarregado de cuidar de animais abandonados e maltratados.  Este sofreu, mas agora já está sob cuidados. 

Se hoje nas ruas já está complicado resolver as irregularidades provocadas por motos sem placas e vans em alta velocidade, ambos desrespeitando os sinais, imagino que nunca teremos autoridades do trânsito ou de segurança atuando para a proteção dos animais que sofrem nas ruas.