Opinião - José Richard

O ano começa com o calor típico do verão carioca e o maçarico ligado à toda. Se por um lado as praias da Ilha do Governador estão sob suspeita, pelos riscos à saúde, devido à poluição, sobretudo depois que pesquisadores da UFRJ detectaram altos índices de poluição nas águas no entorno da Ilha do Fundão e chegaram a denominá-las de caldo de bactérias; por outro lado, o funcionamento à todo vapor da linha de ônibus da Ideal que liga a Ilha à Copacabana é uma boa notícia. É um legado de 2019 que proporciona aos insulanos novas oportunidades de passeios pelas praias da Zona Sul. Uma baita opção nesses tempos de praias.

Aliás, a implantação dessa linha, que contou com o importante apoio da vereadora Tânia Bastos, foi uma das grandes sacadas do ano passado e a principal, na área da mobilidade urbana, com ganhos extraordinários para o lazer, além de facilitar a empregabilidade de insulanos naquela região. Quem já trabalhava na Zona Sul perdia quase duas horas para ir e outro tempo igual para voltar, agora festeja pegar só uma condução e se deslocar em apenas uma hora no trajeto.

Além da despoluição das nossas praias, os moradores da Ilha sonham com mudanças no sistema de transporte marítimo que tornem a operação das embarcações mais eficientes e o aumento do número de viagens – atualmente funcionam apenas três de ida pela manhã e outras três de volta no final do dia. A implantação de ônibus circulares ligando a Estação das Barcas do Cocotá com todos os bairros da Ilha é medida completar para integrar um sistema público de transporte minimamente destinado a servir à população.

Espero que em 2020 sejam estabelecidas regras para abrir a concessão do serviço público de transporte marítimo para outras regiões da cidade e aos municípios localizados no entorno da Baía de Guanabara, como Niterói, São Gonçalo, Magé e Duque de Caxias. Seria algo fantástico para mobilidade das pessoas.