Opinião - José Richard

Ao longo desse ano um dos assuntos que o Ilha Notícias mais recebeu reclamações e denúncias foi sobre a mobilidade urbana que, com raras exceções, funcionou pessimamente. Barcas, vans e ônibus atenderam muito mal uma população que sofre pela absoluta falta de um sistema público integrado entre as três modalidades.

Por que as barcas não estão sincronizadas com os ônibus circulares, partindo da Estação do Cocotá é uma das questões inexplicáveis, e cuja implantação aliviaria consideravelmente o trânsito na Estrada do Galeão? A resposta, só pode ser a falta de interesse das partes envolvidas: os donos das barcas e dos ônibus, que talvez desejem criar dificuldades para gerar viagens com mais passageiros e lucros.

É também o caso das vans, cujos motoristas estacionam em alguns pontos, como o do Mundial, no Cacuia, até completar a lotação para obter mais receita, enquanto o trânsito vira uma grande confusão numa via de mão dupla e muito movimento.

As barcas com três viagens de ida no início da manhã e três de volta no final da tarde é a migalha que a Concessionária CCR Barcas coloca de segunda a sexta para uma população de cerca de 280 mil habitantes, cujos passageiros sentem medo de viajar em embarcações velhas e mal conservadas, que constantemente apresentam problemas mecânicos, colocando à deriva centenas de passageiros apavorados.

Por outro lado, a dificuldade da empresa Paranapuan em manter seus ônibus circulando devido a problemas mecânicos, prejudica o trânsito, e sobretudo os passageiros que além do atraso nos compromissos, são obrigados a inconveniente e demorada troca de veículos, algumas vezes na perigosa Linha Vermelha.

Infelizmente é esse o sistema de transporte público que se arrasta há anos e continua prejudicando bastante os moradores da Ilha do Governador. Uma pena!