19/02/2021 - Edição 2029
A campanha de vacinação contra a Covid-19 está suspensa nos postos de saúde e clínicas da família da região desde a quarta-feira (17). A decisão foi tomada pelo município do Rio por falta de doses da vacina. A ideia da prefeitura é que não haja antecipação com o uso de lotes de segundas doses, já guardadas para os moradores da Ilha que tomaram a primeira dose, até pelo fato de não ter uma data exata para o recebimento de mais imunizantes que estão sendo produzidos pelo Instituto Butantan e enviado pelo Governo Federal.
O Rio de Janeiro já vacinou profissionais de saúde, indígenas e idosos com mais de 83 anos. No entanto, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a campanha de vacinação está interrompida apenas para quem não tomou nenhuma dose. Para os profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate a pandemia e os idosos internados em instituições de longa permanência, o calendário segue em andamento e já começaram a receber a segunda dose na quarta (17).
— O Rio de Janeiro foi a cidade que antecipou a vacinação. A gente já vacinou as pessoas com mais de 83 anos. Infelizmente foi preciso interromper agora por questões estratégicas e trabalhamos com a previsão de receber novas doses na semana que vem. Queremos já na semana do dia 22 retomar o calendário de vacina — explicou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Essa medida de esperar a confirmação da chegada de novas doses para as ações sobre a vacinação, segundo especialistas, é de extrema importância para que o paciente não “perca” a primeira dose, já que o Plano Nacional de Imunização diz que a taxa de eficácia das vacinas, como é o caso da Coronavac, é calculada a partir do recebimento da segunda dose após alguns dias da primeira imunização.
Enquanto a vacina não chega para um número significativo de pessoas e que garanta uma imunização coletiva, é preciso redobrar a atenção para os cuidados primários de proteção ao vírus. A Ilha do Governador pela quarta vez consecutiva foi classificada como risco alto de contágio para o novo coronavírus e esses números preocupam à medida que há o risco dos leitos de hospitais tanto públicos como particulares voltarem a ficar cheios.
— É hora de redobrar atenção. Estamos dando passos importantes de imunização, mas ainda não há vacina para todo mundo. Agora é hora de ter paciência e continuar firme usando máscara de proteção, álcool em gel e, principalmente, evitar aglomerações — afirma o médico da rede municipal, Daniel Barreto.
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