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Ilha chega a 293 casos ativos da Covid

Região ultrapassa marca de 4 mil casos confirmados desde o início da pandemia


18/12/2020 - Edição 2020

Insulanos ignoram regras de distanciamento nas calçadas da Estrada do Cacuia
Insulanos ignoram regras de distanciamento nas calçadas da Estrada do Cacuia

A Ilha do Governador chegou à marca de 4.012 casos confirmados do novo coronavírus desde o início da pandemia. Durante esta semana, 152 novos casos foram diagnosticados, o que significa um aumento de cerca de 10% em relação a semana passada. No entanto, o que mais preocupa neste momento é a quantidade de casos ativos da doença na região. Ao todo, desde o último balanço da prefeitura divulgado na quinta-feira (17), 293 pessoas que residem na Ilha estão com a Covid-19. É a primeira vez desde o início da pandemia, que a região atinge números ativos tão alto.

O Jardim Guanabara foi o bairro que mais registrou casos ativos nesta semana chegando a 46 casos oficiais simultâneos. O Jardim Carioca com 36, o Galeão com 34 e a Freguesia com 31, são outros bairros que apresentaram números elevados e que deve servir como alerta para os moradores redobrarem a atenção. Levantamento feito por um grupo de especialistas da UFRJ através de dados apurados por meio de celulares da região, apontam que o índice de mobilidade no Rio de Janeiro, que chegou a 40% no início da pandemia, nos últimos meses subiu com a flexibilização da quarentena chegando a 60% a 70% de usuários se deslocando pelas ruas.

– O Rio de Janeiro nunca teve controle completo da transmissão do vírus. As pessoas voltaram a se reunir, fazer encontros, os bares lotados, eventos cheios de aglomeração, enquanto os casos ainda estavam em alta. Não há dúvidas que o principal fator para a retomada da gravidade da situação foi a flexibilização das medidas restritivas – afirma o infectologista Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Para o sanitarista Chistovam Barcellos, da Fiocruz, a situação, principalmente na média de óbitos tende a subir nos próximos dias. “Se consideramos que a curva de casos começou a subir há 4 semanas, é provável que os números de mortes, que ainda estão estáveis, também subam,” disse o médico

A grande preocupação dos especialistas, agora, é com as festas de final de ano, já que tradicionalmente são eventos que reúnem grande quantidade de público. O Observatório Covid-19 da Fundação Fiocruz, lançou uma cartilha com orientações para prevenção e evitar ainda mais a propagação da doença. O material inclui recomendações sobre preparação do alimento, organização do ambiente e medidas de proteção para festividades em casa. Segundo o órgão, é preciso manter distância de 2 metros de outras pessoas, preferir locais abertos, evitar o uso do ar-condicionado, lavar as mãos com frequência, não compartilhar objetos como talheres e copos e higienizar as mãos sempre que tocar em objetos compartilhados.