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Continuam aumentando casos de Covid-19

Taxa de ocupação de leitos cresce e preocupa equipes médicas do Evandro e Fundão


27/11/2020 - Edição 2017

Mesmo com aumento de casos da Covid-19, alguns ignoram o uso de máscara
Mesmo com aumento de casos da Covid-19, alguns ignoram o uso de máscara

A Ilha do Governador voltou a registrar nessa semana um patamar preocupante do contágio da Covid-19. Foram 132 novos casos confirmados pelas autoridades de saúde, um aumento de 6% em relação a semana passada. Os casos ativos de coronavírus estão em alta e pela primeira vez desde o início da pandemia, na semana, atingiu a marca de 95 pacientes. Na quinta-feira passada foram 78 na semana.

Na região, a oferta de leitos de UTI para Covid-19 está escassa. A direção do Hospital Ilha do Governador confirmou que a taxa de ocupação da UTI já atua no seu limite máximo e não há mais leitos específicos para tratamento do novo coronavírus disponíveis. A situação do Hospital Evandro Freire é crítica e a unidade segue recebendo muitos pacientes de outras regiões através da central de regulação. A direção do Hospital confirmou que desde a última quinta-feira (19), 120 pacientes com sintomas da Covid-19 foram atendidos na unidade.

Em todo o município do Rio, a taxa de ocupação de leitos é de 93%. Em maio a cidade chegou a ter 2.564 leitos de UTI disponíveis, mas diante da redução de doentes, a quantidade de leitos foi sendo reduzida, tanto nos hospitais públicos como nos particulares. Em outro hospital de referência para o tratamento da Covid-19, o Hospital Universitário (HU) há leitos à disposição, além de insumos, mas o problema é de recursos humanos. Faltam funcionários. O médico Marcos Freire, diretor do HU, disse na terça-feira (24), durante entrevista ao Ilha Notícias, nas plataformas digitais, que diante do agravamento de novos casos de coronavírus foram suspensas, temporariamente, as internações para cirurgias eletivas.

Evandro vem recebendo mais suspeitos da Covid-19

— Desde que começou a pandemia, o Hospital do Fundão aumentou sua capacidade de atendimento com a ajuda financeira de movimentos civis organizados e de verbas do Governo Federal. Essas verbas ajudaram no fechamento de contrato de profissionais de saúde em um período de três meses. O tempo do contrato acabou e novamente tivemos redução no número de profissionais de saúde. Nosso problema hoje é falta de recursos humanos — afirmou o diretor.

O número de mortes por coronavírus durante a pandemia chegou a 411 na região. Quanto ao número de novos casos, o bairro do Galeão é o que mais preocupa com 30 pessoas contaminadas na última semana.