Opinião

Opinião - José Richard

Um dos maiores problemas da intervenção militar na área de segurança pública no Rio de Janeiro é a absoluta falta de policiais. Um exemplo é o batalhão da Polícia Militar na Ilha do Governador cujo efetivo, há cerca de 47 anos era de cerca de 1.100 homens e hoje conta apenas com aproximadamente 200. Essa redução drástica de efetivo também aconteceu na polícia civil e em todas as cidades do estado do Rio de Janeiro.


02/03/2018 - Edição 1874

Um dos maiores problemas da intervenção militar na área de segurança pública no Rio de Janeiro é a absoluta falta de policiais. Um exemplo é o batalhão da Polícia Militar na Ilha do Governador cujo efetivo, há cerca de 47 anos era de cerca de 1.100 homens e hoje conta apenas com aproximadamente 200. Essa redução drástica de efetivo também aconteceu na polícia civil e em todas as cidades do estado do Rio de Janeiro. Enquanto isso, nessas quatro décadas, a quantidade de criminosos se multiplicou por todos os lados e surgiram as milícias para dividir espaços com os criminosos nas favelas, travando verdadeiras guerras para conquistar territórios e transformar os moradores em verdadeiros reféns. Torço que o plano e as estratégias dos comandantes militares que assumiram a difícil responsabilidade de devolver a paz aos moradores desta cidade maravilhosa e a nossa Ilha do Governador, tenham sucesso. Todavia, existem na cidade dezenas de favelas gigantes onde milhares de bandidos agem nas sombras e armados até os dentes. A intervenção só vai até o final do ano, tempo em que os bandidos ficarão acuados em seus esconderijos ou refugiados em outros estados aguardando o momento oportuno para retornar. Para a intervenção militar dar certo, uma das medidas é dar prioridade para a contratação e treinamento em massa de novos policiais para incorporarem nas tropas da PM e do contingente de policiais civis.  A presença da polícia nas ruas é a garantia da segurança da população e o resgate da paz.