Opinião

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A insegurança ameaça a tranquilidade na Ilha. Ingredientes inquietantes como motoqueiros atacando vítimas à noite, moradores de rua e cracudos vindos de todas as regiões da cidade – que são trazidos pela prefeitura ao centro de acolhimento Stella Maris no Galeão, onde não são obrigados a ficar – passaram a se instalar nas ruas da Ilha e dormem, durante o dia e à noite, nas passarelas e embaixo das marquises.


30/09/2016 - Edição 1800

A insegurança ameaça a tranquilidade na Ilha.  Ingredientes inquietantes como motoqueiros atacando vítimas à noite, moradores de rua e cracudos vindos de todas as regiões da cidade – que são trazidos pela prefeitura ao centro de acolhimento Stella Maris no Galeão, onde não são obrigados a ficar – passaram a se instalar nas ruas da Ilha e dormem, durante o dia e à noite, nas passarelas e embaixo das marquises.  Reunidos em pequenos grupos, algumas dessas pessoas já transformaram em lares os espaços entre os pilares dos viadutos existentes na saída da Ilha e no acesso ao aeroporto. Lá, já vivem há alguns meses despreocupados e ocupando cada dia mais espaço.   Sem família nem perspectivas de futuro, elas costumam, pedir esmolas nos sinais e perto dos bancos, ou agem como flanelinhas ilegais, fingindo tomar conta de carros estacionados sobre calçadas ou lugares proibidos.  Não há nenhuma política pública em execução para conter essa invasão que traz insegurança e medo para a população. E não é justo que as ruas da Ilha se transformem em uma região para experiências sociais não planejadas pelas autoridades públicas que acham suficiente recolhê-los das ruas da cidade e abandoná-los na Ilha. Junto a isso, motoqueiros que utilizam motos sem placas e por razões desconhecidas não são abordados pela polícia durante o dia, podem ser um dos motivos que geraram a onda de pequenos crimes que estão sendo cometidos em todos os bairros da Ilha. A coisa é assustadora e parece estar fugindo do controle das autoridades que talvez nem tenham policiais suficientes para toda a região.  Os problemas de segurança aumentaram, e a Ilha do Governador começa a perder um dos maiores diferenciais de outras regiões da cidade, que era ser mais segura. Hoje, quando um motoqueiro se aproxima à noite de alguém, já é motivo de preocupação e medo. Por precaução, tem gente que já levanta as mãos desconfiada de que possa ser um assalto. A Polícia Militar precisa agir rápido para conter essa onda.