Opinião

Por algumas vezes tenho comentado que a Ilha do Governador deveria ser tratada com mais atenção pelas autoridades. Região de referência na Baia de Guanabara, a Ilha tem uma população perto de 300 mil habitantes e importantes atividades produtivas e de serviços como um dos maiores estaleiros do Brasil (EISA) com mais de 3,5 mil trabalhadores e o aeroporto Internacional da cidade do Rio de Janeiro, cujo complexo aeroviário conta com mais de 15 mil funcionários, além da circulação de milhares de passageiros por dia.   Em novembro do ano passado foi inaugurado o maior Posto do Detran do estado numa área que precisa ter mais controle de segurança diante dos crimes – desmanche de veículos - que acontecem na área entre o Detran e o bairro de Tubiacanga. Essa comunidade, cujo acesso é feito por apenas uma estrada sem iluminação, sofre ainda com o precário sistema de ônibus e vans. A expectativa que o novo posto trouxesse mais desenvolvimento ao entorno ainda não é visível, mas certamente vai acontecer em breve.   Todavia é preciso mais atenção pública para diminuir a distância entre a realidade de bairros com excelente IDH – como o Jardim Guanabara - e a vida da população nas 19 comunidades da região, cuja dificuldade de acesso aos serviços públicos essenciais ainda é real.    Deveria ser meta prioritária a urbanização das favelas com a garantia de recolhimento de lixo, fornecimento de água, instalação de redes de esgotos e a criação de creches para todas as famílias. É muito importante resgatar valores de cidadania. Todo esforço deve ser feito para tentar nivelar as diferenças entre vizinhos desta querida Ilha do Governador. A importância estratégica da Ilha, no futuro da cidade, será ainda maior, mas temos que agir rápido para tornar isso uma realidade. no menor prazo.      joserichard@uol.com.br