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Escadarias abandonadas geram medo

Descaso e abandono. Esses são os sentimentos dos moradores que utilizam as servidões que encurtam o caminho dos insulanos que moram nas partes altas da Ilha. Há alguns anos, moradores de locais próximos de servidões, denunciam o abandono, sujeira, falta de corrimãos e, principalmente, a iluminação precária, fato que gera insegurança e atrai usuários de drogas.


18/08/2016 - Edição 1793

Degraus irregulares provocam quedas na servidão perto da Madeirama
Degraus irregulares provocam quedas na servidão perto da Madeirama
Descaso e abandono. Esses são os sentimentos dos moradores que utilizam as servidões que encurtam o caminho dos insulanos que moram nas partes altas da Ilha. Há alguns anos, moradores de locais próximos de servidões,  denunciam o abandono, sujeira, falta de corrimãos e, principalmente, a iluminação precária, fato que gera insegurança e atrai usuários de drogas.  De acordo com Miriah José, moradora há 8 anos da Rua Bárbara de Castilho, em frente as escadas, a servidão também é cenário de constantes quedas de idosos. — Os degraus são desnivelados e quebrados. Para descer, a atenção tem que ser redobrada. Infelizmente, já tive dois tombos graves que me afastaram de minhas obrigações. Sem falar no mato e no acúmulo de lixo. Quando, chove surgem caramujos africanos e lacraias. — reclama Miriah, lembrando outro risco que os usuários correm. “Uma vizinha já foi vítima de uma dessas lacraias e ficou 10 dias internada no hospital”. No escadão ao lado do cemitério do Cacuia, a falta de iluminação é a principal queixa dos moradores da Jerônimo Ornelas. O morador José Jorge, de 55 anos, decidiu, por conta própria, improvisar um poste de luz na tentativa de diminuir a escuridão. “Estou aqui há quase 30 anos e já presenciei coisas horríveis, como assaltos a tentativa de estupro. É um lugar que durante a noite favorece as atitudes suspeitas.” — Na maioria das vezes, gente suspeita usa o muro baixo do cemitério para pular, pegando de surpresa as pessoas que passam aqui — falou indignado José.  Para João Soares, 73, morador há 20 anos da Rua Aberema, o problema das servidões é geral. Para ele, as localizadas no Jardim Guanabara, por terem pouco movimento, favorecem a ação de pessoas estranhas. “Grupos se aproveitam da escuridão. Fumam maconha, usam o caminho como banheiro e motel. Por isso, muitos moradores evitam utilizar as escadas à noite”.  A subprefeitura da Ilha informou que está atenta para resolver o problema e, em julho, abriu processo na SEConserva e na Rio Luz, órgãos responsáveis pela reforma e iluminação na cidade, pedindo a colocação de corrimão e obras para conservação em diversas servidões, inclusive as três mencionadas nesta matéria.