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Agentes denunciam riscos no Degase

Agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) que trabalham na sede do órgão na Ilha, iniciaram na tarde de segunda (15) a paralisação dos serviços administrativos. Os servidores alegam que não recebem atualizações salariais desde 2011 e lutam por plano de cargos e salários.


19/06/2015 - Edição 1733

Fuga de menores pode levar perigo aos moradores da Ilha do Governador
Fuga de menores pode levar perigo aos moradores da Ilha do Governador
Agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) que trabalham na sede do órgão na Ilha, iniciaram na tarde de segunda (15) a paralisação dos serviços administrativos. Os servidores alegam que não recebem atualizações salariais desde 2011 e lutam por plano de cargos e salários. Outra reivindicação dos agentes é a equiparação salarial com os servidores da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Segundo o presidente do Sind-Degase, João Luís Rodrigues, a atividade fim é a mesma e consideram injusto, salários diferentes paras a mesmas funções. — A Seap lida com maiores de idade que cometeram ato infracional à lei e o Degase com menores que também cometeram ato infracional à lei. A finalidade das nossas funções é a mesma — explica João que trabalha há 17 anos no Degase e diz que nunca viveu um momento tão tenso dentro das unidades de ressocialização de menores no Rio de Janeiro.  — Estamos com superlotação há mais de um ano. No mês passado tínhamos mais de 400 internos e um efetivo de 15 agentes. Enquanto a lei determina cinco menores para cada agente nós estávamos trabalhando com uma média de 27 menores para cada agente — diz o presidente do Sind-Degase, que considera o quadro caótico e arriscado para os moradores do entorno do Centro de Socioeducação Dom Bosco caso haja uma rebelião ou fuga de internos. De acordo com João Luís existe uma guerra de facções dentro das unidades do Degase , e, além disso, como os agentes estão subordinados à Secretaria de Educação, quando há necessidade de transportar os menores para audiências judiciais, eles levam os infratores em kombis sem nenhuma proteção. — Agora veja você. A maioria desses adolescentes são chefes de morros dominados pelo tráfico de drogas. Quando a polícia os traz para a instituição eles chegam com forte aparato de segurança. E quando nós temos que levá-los para uma audiência vamos em uma kombi sem a menor segurança — lamenta Rodrigues.  Os agentes dizem que a greve é por tempo indeterminado. Enquanto isso  os serviços do grupo em greve está paralisado.