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Praia de Tubiacanga é só sujeira

Apesar do lindo horizonte que é possível avistar da Praia de Tubiacanga, a realidade do local é desoladora. Sujeira e poluição tomam conta das areias e consequentemente das águas que banham a região.


22/05/2015 - Edição 1729

Moradores afirmam que lixo e poluição são os maiores inimigos do bairro de Tubiacanga
Moradores afirmam que lixo e poluição são os maiores inimigos do bairro de Tubiacanga
Apesar do lindo horizonte que é possível avistar da Praia de Tubiacanga, a realidade do local é desoladora. Sujeira e poluição tomam conta das areias e consequentemente das águas que banham a região.   Material plástico, objetos de borracha, madeira e vidro são facilmente encontrados ao longo da faixa de areia. E a crueldade com o meio ambiente não para por aí. A elevatória de esgoto do bairro — uma unidade de tratamento de esgoto, que suga através de bombeamento os resíduos das redes de esgoto domésticas, jogando-os em tubulações apropriadas — está despejando esgoto no mar.   De acordo com o morador César Mello, residente no bairro há mais de 50 anos e membro do colegiado que administra a associação de moradores de Tubiacanga, a questão do despejo de esgoto no mar se dá por uma pane na bomba que atua no sistema de escoamento da elevatória do bairro, que foi construída em janeiro de 2002.     — Quando a bomba de recalque falha o esgoto acumulado na elevatória escoa pelo sistema de águas pluviais e vai parar todo no mar — explica César, que lamenta a situação.   César também afirma que esses dejetos, somados ao lixo flutuante que vem dos rios da baixada fluminense, têm atingido diretamente a vida marinha do local. “Aqui em Tubiacanga tínhamos muitas espécies de peixes. Hoje já não achamos mais os robalos, garoupas e arraias que outrora encontrávamos com facilidade”, diz o antigo morador.   A Cedae através de nota da assessoria de imprensa garantiu que enviará técnicos à Tubiacanga para fazer os reparos necessários. Ainda de acordo com a companhia, o esgoto bombeado pela estação é encaminhado para a Estação de Tratamento de Esgotos da Ilha do Governador (ETIG), que retira cerca de 98% da carga orgânica dos esgotos, cerca de 500 litros por segundo e até 2016 estará tratando o dobro.