Ferrugem na água da Clínica da Família

Há dez dias que os pacientes que buscam atendimento na Clínica da Família Maria Sebastiana de Oliveira reclamam da falta de água. A unidade fica próxima ao Corredor Esportivo e atende principalmente os moradores da comunidade da Praia da Rosa. Mesmo sem condições de funcionamento, alguns pacientes são recebidos, mas se queixam da precariedade que a situação provoca e estranham as torneiras do local lacradas com sacos plásticos. Outros acabam voltando para casa sem a consulta e reclamam que, mesmo com encaminhamento, não estão conseguindo atendimento em outros postos da região.   Fernanda Soares, que levou o filho para tomar uma vacina, ficou irritada com o problema. “Os médicos, enfermeiros e outros funcionários estão levando água de casa e estou chocada que há dias este problema não é resolvido, o que causa grandes transtornos para quem precisa de atendimento. A água é essencial na limpeza, principalmente das mãos. Eles não explicam os motivos, mas todas as bicas estão interditadas. Eles usam álcool em gel para lavar as mãos. Um descaso”, desabafa.   Cristina dos Santos, de 37 anos, conta que já tentou atendimento na clínica três vezes nos últimos dias para resolver um problema com um furúnculo no rosto e também não conseguiu atendimento.    – Me encaminharam para o posto de saúde Madre Teresa de Calcutá, nos Bancários, mas mesmo com a guia de referência, os médicos do posto dizem que, por eu ser moradora da Praia da Rosa, tenho que ser atendida na Clínica da Família, que é o local que cobre a minha área – reclama.   A Cedae informou ao Ilha Notícias que o abastecimento de água no local está sendo feito normalmente e que detectou, durante uma vistoria com a própria administração da unidade, que o problema é de origem interna. De acordo com a companhia, o sistema de reserva de água da clínica apresenta vestígios de ferrugem.    A Secretaria de Saúde confirmou o problema nos reservatórios de água e disse que todos os procedimentos emergenciais foram adotados para garantir a manutenção do atendimento prioritário. O órgão informou que alguns serviços da clínica estão sendo redirecionados para outras unidades ou remarcados e que os reparos necessários deverão ser realizados em breve. Enquanto isso, a clínica lacrou todas as torneiras para evitar um perigo maior com o uso da água que foi contaminada na própria cisterna da unidade.