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Rachaduras na capela depois de obras na rua

As fissuras no piso do pátio lateral e em parte do muro da Capela Imperial Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na Praia da Bica, preocupam voluntários e fiéis da igreja. Com o trecho ao lado da Praça Jerusalém interditado para obras do Projeto Sena Limpa, a suspeita é de que as escavações para implantar as tubulações da nova galeria de águas pluviais tenham provocado as rachaduras que apareceram no local há duas semanas.


13/12/2013 - Edição 1654

Antonio Braz mostra as rachaduras que apareceram no terreno da capela
Antonio Braz mostra as rachaduras que apareceram no terreno da capela
As fissuras no piso do pátio lateral e em parte do muro da Capela Imperial Nossa Senhora da Imaculada Conceição, na Praia da Bica, preocupam voluntários e fiéis da igreja. Com o trecho ao lado da Praça Jerusalém interditado para obras do Projeto Sena Limpa, a suspeita é de que as escavações para implantar as tubulações da nova galeria de águas pluviais tenham provocado as rachaduras que apareceram no local há duas semanas.   Administrador voluntário da capela há dez anos, Antonio Braz, teme que o problema se agrave. Ele conta que depois de muitas queixas que fez aos funcionários da obra, na última sexta (6), eles fecharam a fissura do piso.   – Colocaram cimento para fechar a rachadura, mas só a do pátio. A rachadura do muro ainda está aberta. Porém nenhum engenheiro ou técnico capacitado esteve junto com a administração da igreja para explicar por que a fissura se abriu e quais danos que a igreja pode sofrer. Estou com medo de que o serviço que foi feito só encubra o problema e que novas rachaduras possam aparecer. A capela imperial é um patrimônio para a Ilha, todos que frequentam a igreja estão muito preocupados, pois os sinais são determinantes do que pode vir a acontecer com a capela – reclama Antonio.   Rafael Soares também trabalha como voluntário na capela e conta que as tubulações que foram colocadas no local chamavam a atenção pelo tamanho.    – As tubulações eram bem grandes e eles fizeram buracos profundos para implantá-las. A rachadura abriu logo depois e de uma só vez cortando o piso de ponta a ponta – comenta Rafael.   A Rio Águas não admite a possibilidade que as obras para assentar a galeria de águas pluviais de 2,80m x 2m serem as responsáveis pelas rachaduras na capela, embora tenha feito grandes escavações na rua lateral à capela. O órgão disse ao Ilha Notícias que seus engenheiros já vistoriaram a capela duas vezes e não constataram relação entre as rachaduras e a obra. Mas, ainda assim, operários da empreiteira contratada fizeram reparos nas rachaduras da capela.    A coincidência das rachaduras só aparecerem depois que as obras das galerias de águas pluviais começaram é estranha. O problema ainda terá desdobramentos, principalmente por trata-se de um prédio tombado.    Já a Cedae, que na mesma rua, também implantou uma tubulação coletora de esgoto de pequeno porte com 28 cm de diâmetro, garante que, em razão do solo arenoso, optou por um método não destrutivo para as obras que realizou no local.