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Evandro Freire decepciona moradores

Com apenas oito meses de funcionamento, o atendimento do Hospital Municipal Evandro Freire frustra a população


22/11/2013 - Edição 1651

A Vereadora Tânia Bastos
A Vereadora Tânia Bastos
Com apenas oito meses de funcionamento, o atendimento do Hospital Municipal Evandro Freire frustra a população. Com a promessa de ser um dos hospitais mais modernos do Rio com capacidade para atender centenas de pacientes por dia e casos de média a grande complexidade, foram investidos R$ 57 milhões de reais na sua construção. No entanto, quem procura atendimento na emergência do hospital sofre com a falta de médicos e de leitos. De acordo com as denúncias, desde a inauguração em março que um dos três Centros de Tratamentos Intensivos permanece fechado, além de 20 dos 40 leitos destinados à enfermaria clínica não estão sendo utilizados.   Na última semana, os médicos, enfermeiros e demais funcionários da unidade reclamaram do atrasado de mais de 15 dias no pagamento dos salários e cogitaram realizar greve. O Hospital Evandro Freire é administrado pela Organização Social paulista Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim) que, segundo a vereadora insulana Tânia Bastos, recebeu a quantia de R$ 68 milhões para administrar as contas e necessidades da unidade em 2013.    – Os funcionários reclamaram de salários atrasados e é inaceitável que o hospital ainda mantenha setores fechados e os moradores estejam morrendo por isso, como foi o caso do paciente Roberto Batista da Silva que deu entrada com um AVC e, pela demora na transferência, veio a falecer. O Hospital Evandro Freire não possui neurocirurgiões e cardiologistas, o que faz com que as pessoas que entrem na unidade precisando deste tipo de tratamento sejam cadastradas no centro de regulação de atendimentos do munícipio e aguardem por uma vaga em outro hospital concorrendo com pacientes de toda a cidade. São muitos os casos de pessoas que esperam na fila sem atendimento por horas, pois faltam profissionais – denuncia a vereadora Tânia Bastos.   A Secretaria de Saúde informou ao Ilha Notícias que o Hospital Evandro Freire funciona em rede com o sistema Único de Saúde (SUS) e por oferecer atendimento de emergência somente nas especialidades de clínica médica, pediatria, cirurgia geral e ortopedia, precisa fazer transferência de outros casos. Sobre o paciente Roberto Batista da Silva, que deu entrada no dia 6 de novembro, o órgão informou que ele foi transferido para o Hospital Souza Guiar dois dias depois, mas recebeu os primeiros atendimentos no Evandro Freire. Em relação aos leitos fechados, a Secretaria de Saúde não fez comentários.