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Novo PEU pode mudar o urbanismo da Ilha

Na noite da última quinta-feira (19), durante audiência pública, realizada no auditório da subprefeitura, foi iniciada a discussão do novo Projeto de Estruturação Urbana (PEU) para a Ilha do Governador. O aumento de gabarito e da taxa de ocupação dos terrenos foram rechaçados pela maioria dos moradores que se manifestaram


20/09/2013 - Edição 1642

A subsecretária Marcia Queiroz explicou detalhes do projeto na audiência pública realizada no auditório da subprefeitura da Ilha
A subsecretária Marcia Queiroz explicou detalhes do projeto na audiência pública realizada no auditório da subprefeitura da Ilha
Através de uma audiência pública, a Secretaria Municipal de Urbanismo fez a primeira apresentação do Projeto de Estruturação Urbana (PEU) para a Ilha do Governador.  Cerca de cento e vinte pessoas compareceram ao auditório da subprefeitura na última quinta-feira (19) e acompanharam as explicações através de slides sobre os atuais parâmetros urbanísticos da Ilha e as intervenções que podem vir a ser realizadas, como o aumento do gabarito das construções e da taxa de ocupação.   Os vereadores Jimmy Pereira e Tânia Bastos e a deputada estadual Graça Pereira participaram do encontro, assim como o subprefeito Nelson Miraldi, a subsecretária de urbanismo Márcia Queiroz e parte da equipe técnica da coordenadoria de planejamento urbano da Prefeitura. De acordo com Miraldi, este primeiro encontro tem o objetivo de colher as opiniões da população. “Através das audiências vamos elaborar um documento com as sugestões e adaptações necessárias para a região”, disse.   O projeto tem o apoio dos vereadores e da deputada Graça Pereira que acredita que o PEU vai trazer a modernização para a Ilha. “Como arquiteta, há anos acredito que a Ilha precisa desta restruturação para se adequar as novas diretrizes urbanas”, comentou.  Porém, as opiniões se dividiram quando a audiência foi aberta para as perguntas e comentários do público presente.   Comerciantes, empresários, ambientalistas e representantes de entidades locais tiveram a palavra e o primeiro a se posicionar contra as propostas do PEU foi o presidente da Cedae, Wagner Victer, que mora na região desde que nasceu.   – Hoje falo como morador e minha posição é totalmente contrária a da deputada Graça Pereira. Creio que a partir do momento que o PEU está sendo elaborado para atender primeiro aos interesses de arquitetos, engenheiros e construtores, ele perde totalmente a validade e comprometimento com a população. A Ilha não precisa de construções para aumentar o contingente populacional. A Ilha precisa de urbanização das comunidades e mais investimento na infraestrutura – declarou.   Para o arquiteto Sérgio Costa Leite as sugestões encaminhadas objetivam modernizar o urbanismo da região. Já o presidente da Associação Comercial José Richard sugeriu que fosse incluído nos estudos do PEU o aumento do gabarito apenas na Estrada do Galeão e para prédios comerciais. “É preciso permitir novas construções com mais dois ou três andares de garagens de modo a diminuir o problema de falta de estacionamento nessa via que, em toda a sua extensão, é comercial”, disse.