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Arte dos grafiteiros supera as pichações

Outrora sujo e coberto de pichações, o muro do antigo Fórum, no Cocotá, que fica na esquina entre a Rua Apoporis e a Estrada da Cacuia, agora está decorado com uma bela ilustração de grafite. Os responsáveis são os grafiteiros insulanos Rodrigo Sabbatino, Ana Clara Trindade, Juciney Ferreira e Jorge Machado, que atendem respectivamente pelos apelidos, Sagaz, Ruiva, Nem e Visgo. O quarteto grafitou a parede no domingo (8) e deseja embelezar outras paisagens urbanas da região


13/09/2013 - Edição 1641

O muro do antigo Fórum, no Cocotá, foi restaurado das pichações com a arte de grafiteiros insulanos que inspirou o concurso
O muro do antigo Fórum, no Cocotá, foi restaurado das pichações com a arte de grafiteiros insulanos que inspirou o concurso
Outrora sujo e coberto de pichações, o muro do antigo Fórum, no Cocotá, que fica na esquina entre a Rua Apoporis e a Estrada da Cacuia, agora está decorado com uma bela ilustração de grafite. Os responsáveis são os grafiteiros insulanos Rodrigo Sabbatino, Ana Clara Trindade, Juciney Ferreira e Jorge Machado, que atendem respectivamente pelos apelidos, Sagaz, Ruiva, Nem e Visgo. O quarteto grafitou a parede no domingo (8) e deseja embelezar outras paisagens urbanas da região.   Tudo começou quando Ana Clara, grafiteira há quatro meses, esboçou um “bomb” - assinatura usada no grafite - no local, alguns dias antes, mas resolveu parar. Rodrigo, que reside ao lado, reconheceu a assinatura da colega e resolveu animá-la a continuar a empreitada.   — Chamei o Visgo que é meu amigo e ela falou com o Nem, namorado dela, que grafita há mais tempo. Acabou que cada um fez um desenho próprio e cobrimos o muro todo — conta Rodrigo, que tem 21 anos e grafita desde 2009.   O trabalho começou às 10h da manhã e terminou depois das 16h. O material gasto no processo não foi pouco. “Gastamos entre 20 e 30 latinhas de tinta, além de dois galões grandes para pintar a parede”, diz Rodrigo. No resultado final, é possível ver um pouco do estilo de cada um.   — Deixamos a própria marca nos desenhos. Eu gosto de trabalhar com dimensões e fiz uma assinatura do meu apelido, Sagaz, em 3D, já a Ruiva assinou em bomb. O Nem gosta de realismo nas imagens, e fez uma homenagem à ruiva na pintura, e o Visgo pintou um dragão. O grafite é uma coisa livre, vai conforme a inspiração de cada um — explica Rodrigo.   Ana Clara acredita que o grafite pode ser usado para amenizar danos causados pela pichação e deseja fazer mais trabalhos na Ilha.   — Eu gostaria de grafitar a pista de skate do Aterro, que atualmente está coberta de pichações e os grafites originais já estão antigos. Também, futuramente, penso em articular outros grupos insulanos para organizarmos um mutirão de grafite — conta a grafiteira de 30 anos, moradora do Moneró.    A disposição dos grafiteiros animou a equipe do Ilha Notícias que pretende lançar, em breve, concurso de grafites em parceria com a subprefeitura e obter patrocínio para as tintas. “Estamos juntos nessa ideia para livrar a Ilha das pichações que sujam a região”, disse José Richard, presidente da Associação Comercial, que conta com o apoio de Wagner Victer, presidente da Cedae e antigo morador do Moneró.