19/01/2012 - Edição 1555
Após quase 20 dias com parte da areia da Praia da Engenhoca ocupada por um vazamento de água e esgoto, nesta semana equipes da secretaria de conservação e da Cedae foram ao local para vistoriar a situação. A denúncia foi feita pelo jornal Ilha Notícias na semana passada.
Logo na terça-feira (17), a Cedae conferiu o sistema de esgotamento sanitário e verificou que se tratava de uma obstrução na galeria de águas pluviais, que passa por baixo daquele trecho de areia e desemboca no mar. Como as galerias de águas pluviais são de responsabilidade da prefeitura, a secretaria de conservação entrou em ação e uma equipe com seis funcionários iniciou o trabalho de limpeza e desobstrução da área na manhã da última quarta-feira (18).
Moradora da Praia da Engenhoca há nove anos, Sônia Carla de Almeida parou para acompanhar o trabalho da equipe e ficou feliz com o fim do transtorno no local.
– Foi horrível ver que o problema chegou neste ponto sem que ninguém fizesse nada para evitar. O mau cheiro estava insuportável, meus filhos estão de férias e eu tinha que tomar conta o tempo todo para que eles não brincassem por aqui. Fiquei com medo de doenças e depois de tanto tempo o problema parecia que não ia ter fim. Depois da publicação do jornal, rapidamente, eles apareceram por aqui. Agora vamos poder usar a praia tranquilos – desabafa.
O casal José Antônio e Maria do Socorro também estava de olho no trabalho da prefeitura. Há 15 anos morando na localidade, o casal reclama do abandono da região e de problemas como este. "Estou feliz com o fim do mau cheiro, mas foi inacreditável esperarmos mais de duas semanas para que a areia da praia fosse limpa. Tomara que agora as autoridades olhem mais para nossa praia que é uma das belezas da Ilha, mas precisa de manutenção", diz José.
Para identificar a origem do esgoto na areia, a prefeitura em parceria com a Cedae fará vistorias em toda a região, a fim de detectar os imóveis que se encontram com seus esgotamentos sanitários ligados, clandestinamente às galerias de águas pluviais. De acordo com a Cedae, por se tratar de um trabalho de investigação na rede da região, ainda não há como precisar uma data para a conclusão das operações.