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Rorion Moraes é agredido por policiais

Rorion Moraes foi covardemente agredido na madrugada da último sábado (10) quando estava se divertindo na casa de shows Provisório...


16/12/2011 - Edição 1550

Em casa, Rorion recebe o abraço do pai José Moraes e se recupera das lesões
Em casa, Rorion recebe o abraço do pai José Moraes e se recupera das lesões

Rorion Moraes foi covardemente agredido na madrugada da último sábado (10) quando estava se divertindo na casa de shows Provisório, localizada na Praia da Bica. De acordo com o pai do jovem, o vice presidente do Tribunal de Contas do Município, conselheiro José Moraes, seu filho foi espancado de modo covarde e, mesmo depois de desacordado, recebeu diversos chutes na cabeça que provocaram ferimentos generalizados.

 

– Vocês podem imaginar a dor de um pai ser acordado em torno das quatro horas da manhã e ser informado que seu filho está desmaiado no chão, vítima de uma brutal agressão – disse José Moraes, que lamenta que os agressores tenham sido alguns policiais.

 

Rorion já está melhor e disse que estava na boate se divertindo e não encontra justificativas para a agressão.

 

– O Brasil inteiro viu na TV que fui chutado diversas vezes depois de estar no chão desacordado. Não tive tempo de me defender. Fui pego de surpresa e sem motivos. Pouco mais de uma hora antes do ocorrido eu tinha esbarrado, coisa que é normal numa boate lotada, no ombro do capitão que me agrediu. Não imaginei que minutos depois, provavelmente incentivado por alguém, eu iria ser vítima de um forte soco no rosto, chutes em todo corpo e ter um banco arremessado nas costas – conta Rorion.

 

– Lamento que essa covardia tenha o envolvimento de alguns policiais. O Rorion já está bem e tenho que agradecer o apoio dos amigos e, sobretudo, a solidariedade do governador Sérgio Cabral que sempre esteve ao nosso lado nesses momentos difíceis. Agradeço também a pronta ação do secretário de Segurança e do comandante geral da PM, à 37ª DP e ao 17º BPM que prontamente identificaram os autores da agressão. Tenho certeza que a justiça vai ser feita – disse confiante o conselheiro.

 

Rorion desabafa: "É incompreensível que seres humanos ajam tão violentamente. Esses policiais que me agrediram são uma exceção na PM. Tenho muitos amigos policiais militares e confio na instituição," disse o jovem que ainda se recupera das contusões.

 

O Ministério Público do Rio pediu a prisão temporária por 30 dias de dois dos agressores por tentativa de homicídio. "É importante destacar que as lesões apenas não foram piores e o resultado morte só não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos mesmos, pois frequentadores e seguranças da boate intervieram, forçando a cessação das agressões bárbaras, gratuitas e covardes", afirmou, em nota, o promotor.