União da Ilha

Aquele que disser que a União da Ilha não fez um bom carnaval está enganado ou não entende do assunto. Com fantasias bem elaboradas para falar dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro, a agremiação insulana não teve apenas o melhor intérprete do carnaval carioca, mas também ganhou o Estandarte de Ouro com a melhor Ala – “Cariocas são Dourados”. A comissão de frente composta por oito atletas paralímpicos arrancou aplausos de todos os setores na Marquês de Sapucaí. Eles fizeram acrobacias junto com artistas circenses no solo e em cima de um tripé. Os carros alegóricos da União estavam grandiosos e bem acabados, como o carro que representava o sol, que tinha 14 mil lâmpadas de LED e chegou a uma altura de 15 metros. E o que dizer da bateria comandada por Mestre Ciça? Sim, há o que dizer. Os exaustivos ensaios que iniciaram no mês de maio renderam à União o único quesito com 30 pontos, foram três notas 10 e uma 9,8 que foi descartada. Com isso Ciça e seus ritmistas colaboraram fundamentalmente para a permanência da União no Grupo Especial. Lamentavelmente alguns problemas aconteceram, como um curto-circuito no gerador do quinto carro que representava o Cristo Redentor e trazia dezenas de asa-deltas. Este carro entrou na avenida sem os efeitos de luzes e custou caro para a escola que perdeu cinco décimos no quesito alegorias e adereços. Participaram do desfile da União, personalidades de esporte olímpicos, como os atletas da geração de ouro do vôlei brasileiro, Tande, Giovani e Giba. A apresentadora da Rede Globo Glenda Kozlowski, pentacampeã de bodyboard e o Rico de Souza, um dos pioneiros do surfe brasileiro foram destaques durante o desfile. Outro atleta, símbolo das Olimpíadas, ovacionado pelo público foi o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, que cruzou o sambódromo segurando a tocha olímpica. O 11º lugar não foi justo diante do belo desfile da União.