Gente da Ilha

Músico incentiva o combate às drogas

Em 1971 nascia no sertão da Bahia Vangi Souza que ao completar seis meses de vida foi trazido para o Rio de Janeiro pelos seus pais, Antônio e Isabel, que decidiram tentar a sorte no Rio de Janeiro. Vieram direto para a Ilha do Governador, mais precisamente no bairro dos Bancários. Fois nas escolas Dunshe de Abrantes e Mendes de Moraes, que Vangi começou a criar as raízes para a leitura que anos mais tarde o tornaram um grande escritor.


09/06/2017 - Edição 1836

Vangi criou cartilha para realizar trabalho de prevenção às drogas
Vangi criou cartilha para realizar trabalho de prevenção às drogas
Em 1971 nascia no sertão da Bahia Vangi Souza que ao completar seis meses de vida foi trazido para o Rio de Janeiro pelos seus pais, Antônio e Isabel, que decidiram tentar a sorte no Rio de Janeiro. Vieram direto para a Ilha do Governador, mais precisamente no bairro dos Bancários. Fois nas escolas Dunshe de Abrantes e Mendes de Moraes, que Vangi começou a criar as raízes para a leitura que anos mais tarde o tornaram um grande escritor. Pouco tempo após a chegada à Ilha, a família se mudou para uma casa no Cacuia, próximo ao Hospital Paulino Werneck, local onde morou por 35 anos e passou toda sua infância. Dos velhos e bons tempos, Vangi se recorda com bastante alegria dos muitos amigos e das brincadeiras de crianças, que mesmo vivendo uma infância pobre, marcaram a sua vida. — É sempre com muita alegria que lembro meus tempos de criança. Morava em comunidade, em barraco de tábua que quando chovia era uma loucura. Posso dizer que tive uma infância pobre, mas bem alegre e atento às brincadeiras, como peão, bola de gude, pipa, pique-esconde, pique-taco, entre outras tantas. Além é claro dos apelidos. Chamavam-me de grilo, pelo fato de ter baixa estatura, mas ter uma boa impulsão. No esporte, me aventurava até como levantador de vôlei — disse Vangi, que diz ter sido um bom aluno na área de humanas, quanto às ciências exatas prefere não comentar.  Dono de uma excelente voz Vangi tem a música como paixão. Durante muitos anos cantou nas noites cariocas sempre acompanhado do violão “Sempre gostei da área musical e de compor letras para canções. Sempre que posso, estou junto ao meu violão e cantando”. Aficionado por leitura Vangi adora ler e curte o “cheirinho” de livro novo. Aos 46 anos é casado com Simone Marques e pai do Heitor de apenas três anos. Através da Editora Zit realiza projeto de leitura e música para o público infantil. E, ao lado do amigo, Daniel Azulay desenvolve cartilhas de prevenção ao tabaco e outras drogas, dirigidas especialmente para que as crianças, assimilem, desde cedo, os graves problemas causados por esses vícios. — Eu já senti na pele o que é ter perto de você pessoas viciadas. Perdi familiares que sofreram as consequências do uso contínuo dessas substâncias. Hoje tenho um projeto estendido para todo o Brasil e com as cartilhas em quadrinhos, procuro levar para crianças o problema e transtorno que as drogas podem causar. Procuro sempre parceria com as secretarias de educação do município para que implantem os trabalhos escritos e musicais nas salas de aula. Junto nesta luta estão alguns famosos como a Zezé Mota, Toni Garrido e Ziraldo, entre outros — falou o escritor. Indagado se já se sente realizado, Vangi diz que sempre procura novas portas, novos rumos e oportunidades para que seu trabalho seja cada vez mais valorizado. Diz que trabalhar significa mais que um ganho financeiro. É seu prazer, porto seguro. “Não preciso de clichês. É prazeroso acordar com a ânsia de querer trabalhar e amar o que faz”. Vangi, que atualmente mora no Tauá, além de ser um excelente cantor, é dono de um caráter ímpar que envolve a todos que tem o privilégio de conviver com ele. É através do conteúdo das suas cartilhas, dirigidas as crianças, que tem a certeza estar dando a sua contribuição para transformar as próximas gerações de adultos em cidadãos melhores. Vangi é Gente da Ilha!