Nascido em Capim Grosso, no Ceará, no ano de 1956, em uma família humilde com 10 irmãos, o filho de seu Francisco e dona Severina desde cedo mostrou aptidão para as artes, especialmente música. Aos 7 anos, Francisco Avelino saiu com a família do Ceará e foi para Caicó, no Rio Grande do Norte, e lá morou até os 17 anos quando se alistou no Corpo de Fuzileiros Navais.
Aos 20 anos o soldado Avelino vislumbrou a possibilidade de melhorar sua posição hierárquica na vida militar e transferiu-se para o Rio de Janeiro, mais precisamente para a Ilha do Governador, e foi designado para o antigo Centro de Instrução, no Bananal, local onde o militar graduou-se Cabo.
Após 8 anos na Marinha, Avelino resolveu sair da corporação e cursou duas faculdades: literatura e matemática. E, em meio aos estudos acadêmicos, o jovem arrumava tempo para compor suas canções, sempre abraçado ao seu companheiro - o violão.
O tempo passou e o professor decidiu que deveria usar seus conhecimentos para ser um agente transformador na vida dos jovens, quando abriu em 1984 o
Curso Sonnart que ao longo do tempo se solidificou e desde 2000 passou a ser colégio também. Hoje é um dos cursos preparatórios para concursos na área militar com maiores índices de aprovação.
Com talento aguçado para as artes, o professor tem uma metodologia pedagógica muito peculiar. Ele ensina português e matemática através de música com aulas teatralizadas.
— Para ensinar aos jovens da atualidade é preciso ter a atenção deles, então eu comecei a dar aulas tocando violão e compondo músicas com algumas regras de português, por exemplo. A turma aprende a cantar e, automaticamente, a regra fixa na cabeça deles e nunca mais esquecem — disse Avelino.
Casado, o professor tem três filhos, Jeser, Vinícius e Yana, além de dois netos, Niara e João Antônio. Cristão, mas sem religião definida, Avelino segue a filosofia de fazer o bem sem olhar a quem. “Procuro ser o mais correto possível. Sou um educador e acredito que só através da educação é que nosso país vai crescer e seremos uma grande nação”, falou o torcedor do Flamengo que também traz o time do Caicó da Paraíba no coração.
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