O paraibano Fernando Serafim de Oliveira chegou com 17 anos ao Rio de Janeiro em busca de dias melhores. Veio direto para Ilha do Governador e trabalhou na construção civil. Ao completar a maioridade, Fernando alistou-se no exército e serviu a pátria.
10/07/2015 - Edição 1736
Durante mais de quatro décadas de bons serviços prestados à Comlurb, Fernando fez muitos amigos
O paraibano Fernando Serafim de Oliveira chegou com 17 anos ao Rio de Janeiro em busca de dias melhores. Veio direto para Ilha do Governador e trabalhou na construção civil. Ao completar a maioridade, Fernando alistou-se no exército e serviu a pátria.
Após terminar seu tempo no serviço militar obrigatório, o jovem foi trabalhar como trocador da viação Ideal. Após seis anos na empresa, Serafim recebeu proposta da Companhia Municipal de Limpeza Urbana e está lá há 42 anos.
— Dou graças a Deus por Deus ter me dado este emprego. Agradeço também a empresa e aos meus colegas de trabalho. Entrei como gari, depois passei a encarregado, também fui agente de limpeza e depois de me aposentar fui recontratado e exerço a função de escriturário — diz o experiente Fernando que completou 80 anos no último 29 de maio e se orgulha de estar há mais de quatro décadas na Comlurb.
"Admiro muito esse lugar. Aqui fui acolhido e vivi os melhores dias da minha vida. Criei meus filhos e fiz amigos que são imprescindíveis na minha trajetória”, enfatiza.
Morador do Cacuia, Fernando é viúvo há dez anos e teve um casal de filhos, sendo um já falecido. Atualmente mora com a filha Alexandra Maria de Oliveira que também foi funcionária da Comlurb, mas aposentou-se por invalidez depois de sofrer um acidente de trabalho.
Serafim se orgulha dos netos Lucas, Fernanda e Vanessa. Diz que recebeu de Deus a honra de ver a sua quarta geração, que é o bisneto Caio. “Não esperava viver tanto assim. Mas devo merecer essa dádiva, já que Deus está permitindo”, comenta o mais antigo funcionário da Comlurb em atividade na Ilha.
Torcedor do Fluminense e apaixonado pela União da Ilha, Fernando diz que a região cresceu muito.
— A Ilha era um lugar meio provinciano. Poucas casas e as pessoas de alguma forma se conheciam. As praias não eram poluídas e raramente ouvíamos falar em violência. Hoje a região virou uma cidade e como toda cidade tem seus problemas — destaca Fernando, lamentando que entre todos os problemas existentes na região, o crescimento da violência é o que mais lhe preocupa. “Creio que violência está ligada diretamente com educação. Por isso se eu pudesse pedir algo aos políticos eu pediria que investissem na cultura e na educação”, complementa o nosso bom paraibano Fernando, exemplo de cidadão e Gente da Ilha.