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Sistema de barcas continua péssimo

Órgãos públicos da área de transporte estudam integração com ônibus


03/12/2021 - Edição 2070

Representantes das secretarias municipal e estadual de transportes se reuniram com insulanos para discutir soluções para as barcas
Representantes das secretarias municipal e estadual de transportes se reuniram com insulanos para discutir soluções para as barcas

O sistema de transporte marítimo de passageiros da Ilha continua sendo uma dor de cabeça para o insulano que utiliza o modal para se deslocar para o Centro do Rio. O serviço está cada vez mais deficitário e a concessionária CCR Barcas, que administra o transporte, não dá indícios de que alguma coisa pode melhorar. 

Vários problemas já são conhecidos pelos insulanos, entre eles a falta de horários que atendem a população, barcas velhas e a tarifa alta. Além disso, outras questões também afetam indiretamente o sistema, como a falta de integração com outros meios de transporte, problemas de iluminação pública no Parque Manuel Bandeira, no Cocotá, e a insegurança no entorno da estação das Barcas. A soma desses fatores contribui para a desconfiança e impaciência dos passageiros.  

Em busca de solucionar essas questões e tornar o transporte atrativo à população, algumas ações tem sido realizadas para reivindicar melhorias para o serviço de barcas na Ilha. Na segunda (29), insulanos se reuniram com representantes das secretarias municipal e estadual de transporte para uma vistoria na estação das Barcas e propor soluções. Estiveram presentes no encontro membros da ONG Baía Viva, da Associação de Ciclistas da Ilha do Governador (Acig), do Fórum de Mobilidade Urbana, além do vereador Vitor Hugo (MDB) e de moradores da região. 

A principal demanda foi a proposta de integração entre modais de transporte, sobretudo por meio do ônibus. Ou seja, linhas de ônibus com trajeto em frente à estação das Barcas, localizada no Aterro do Cocotá, como espécies de linhas alimentadoras.  

— A CCR Barcas já deixou claro que não tem interesse de operar esse sistema na Ilha e com isso tem diminuído viagens da região. Com as restrições o número de passageiros hoje é irrisório. Pedimos a vistoria do município e do estado porque é fundamental voltar a integração para ampliar novamente o número de passageiros — explica o ambientalista Sérgio Ricardo, líder da ONG Baía Viva. 

O coordenador técnico da Secretaria Municipal de Transporte, Ronald Santos, garantiu que ao menos três linhas seriam estudadas para implementar a proposta. 

— Vamos fazer o nosso trabalho de casa e estudar as linhas com potencial de alteração e também promover junto a outros órgãos medidas para garantir a viabilidade, pois entendemos que é preciso haver um trabalho conjunto para garantir segurança, iluminação e acessibilidade para as pessoas — explica Ronald.