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Projeto de robótica recebe prêmio na Alerj

Estudantes do Colégio Estadual Leonel Azevedo desenvolveram carro de controle remoto


17/12/2021 - Edição 2072

O grupo de estudantes com o professor Fabiano Rapozo
O grupo de estudantes com o professor Fabiano Rapozo

Um projeto desenvolvido pelo professor de matemática Fabiano Rapozo e estudantes do Colégio Estadual Leonel Azevedo, no Moneró, foi um dos vencedores do Prêmio Paulo Freire, concedido pela Comissão de Educação da Alerj, cujo objetivo é homenagear iniciativas que promovam a educação popular, socialmente referenciada e emancipadora. A equipe foi premiada pelo “Desafio 4x4”, na qual projetaram uma carroceria para um carro de controle remoto com tração 4x4. 

Para executar o projeto, os alunos tiveram que formar um grupo que funcionou como uma microempresa e atuar em todas as etapas do processo, como a criação de uma marca, elaboração da carroceria, programação do carrinho, entre outras atividades. O grupo foi batizado como Rio Lion, em referência ao Rio de Janeiro e ao nome do colégio Leonel Azevedo. 

Originalmente, o Desafio 4x4 havia sido criado pela montadora de automóveis Jaguar Land Rover e consistia em um projeto de atuação internacional que mobilizou estudantes de diversas partes do mundo. No entanto, devido ao avanço da pandemia da Covid-19, a empresa se retirou do projeto e encerrou o apoio às escolas participantes. Apesar da adversidade, a equipe não desanimou e seguiu em frente no desenvolvimento do carrinho. 

— Isso tudo tornou o Desafio 4x4 ainda mais desafiador, porque tivemos que nos organizar e realizar todo o projeto por conta própria. Trabalhamos remotamente no desenvolvimento da carroceria e dos modelos, procuramos apoio de empresas, de comerciantes, e assim pudemos concluir o projeto com muito esforço — explica Rapozo. 

O projeto do carrinho

Para o professor Fabiano Rapozo, um dos principais mentores do projeto, foi promover uma experiência que foi muito além dos conceitos da robótica, pois permitiu que os alunos pudessem vivenciar os desafios de uma organização profissional. Além disso, destaca a interdisciplinaridade do projeto.

— Foi uma experiência muito boa para os alunos, porque eles puderam ter noções de programação, de marketing, de gestão, de inúmeros leques profissionais que eles podem seguir daqui para frente. Mas talvez o mais importante de tudo foi que eles puderam ter a visão de que, apesar dos obstáculos que surgiram no projeto, eles conseguiram superá-los e construir o próprio destino — conta. 

A premiação inspirou o professor e os estudantes a darem sequência ao trabalho e o grupo já começa a idealizar um novo projeto de robótica para o ano de 2022, com objetivo de possibilitar que jovens alunos se tornem protagonistas no ramo da ciência e tecnologia. Parabéns ao grupo!