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Praias da entrada da Ilha estão sujas

Orla do Galeão e São Bento tem muito lixo e águas poluídas


01/03/2024 - Edição 2187

Paisagens onde a vista poderia ser digna de um cartão portal hoje vivem uma realidade completamente diferente. Este é o cenário das praias do Galeão e de São Bento, locais à beira da Baía de Guanabara e que sofrem com o abandono e a falta de ações de revitalização do espaço público. 

Tanto a Praia do Galeão quanto a Praia de São Bento eram locais bastante visitados por banhistas, tanto insulanos quanto de outras partes da cidade, durante as décadas de 50 a 80, em um tempo em que a água e a faixa de areia eram limpas. Entretanto, com a crescente poluição da Baía de Guanabara, ambas as praias deixaram de ser frequentadas para banho. 

Hoje em dia o espaço é ocupado em sua maioria por quiosques, pescadores e muito lixo. Sujeira essa acumulada durante de anos, fruto da pouca presença de órgãos públicos no local. Morador do Galeão, Jorge Ferreira, de 59 anos, conta que as praias estão muito distantes do que já foram. 

— Não tem mais nada a ver. Quando eu era mais jovem, ia todos os fins de semana na Praia do Galeão tomar um banho e brincar com os amigos. Hoje em dia fazer isso é impensável, porque a praia está completamente tomada de lixo e urubus. E para piorar, não vejo um funcionário da Comlurb ali para limpar e pelo menos reduzir um pouco o aspecto de sujeira — afirma. 

Além da sujeira, os insulanos também apontam que o local recebe pouca atenção para ações de conservação e revitalização do espaço, sobretudo na Praia de São Bento. No local, há quiosques abandonados, mato alto, pouca iluminação e diversos sinais de deterioração do espaço. Além disso, sofre com a desordem pública, onde há música alta, estacionamentos irregulares, superlotação dos quiosques, entre outros fatores. 

— Esse trecho das praias do Galeão e São Bento deveria ser olhado com muito mais carinho pelas autoridades, pois são na porta de entrada da Ilha do Governador. De uns tempos para cá, o Aeroporto vem recebendo mais passageiros, vão construir uma estação de barcas no Galeão, ou seja, mais pessoas vão frequentar a Ilha. Se a nossa porta de entrada é feia, quem vai querer conhecer o restante da região? — afirma Paulo Lopes, de 46 anos, morador do Galeão.