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Pequenos mercados lutam contra a crise

Hortifrutis, mercearias e padarias buscam formas para manter clientes


27/03/2020 - Edição 1982

Mercadinho no Jardim Guanabara espera que as entregas mantenham o negócio ativo
Mercadinho no Jardim Guanabara espera que as entregas mantenham o negócio ativo

Com o decreto do Prefeito Marcelo Crivella liberando apenas mercados, padarias, farmácias, feiras livres e outros serviços essenciais para continuar funcionando neste período de quarentena por causa da pandemia do Covid-19, muitos comerciantes da região donos de mercearias, mercados e hortifruti tentam manter seus negócios em meio a dificuldades.

Na mercearia Ilha Mar, na esquina da Av. Paranapuã com a Rua Manoel Macedo, o gerente Rafael da Rocha espera que o movimento se mantenha, mas diz ter medo de chegar ao ponto de fechar o estabelecimento.

— Na semana passada vimos um crescimento do número de clientes, com o medo e a desinformação, mas esta semana já sentimos o movimento cair e isto começou a nos preocupar. Esperamos que os moradores da região priorizem os pequenos comércios da Ilha, pois sabemos que as grandes redes não serão tão afetadas quanto nós neste momento de crise.

A gerente Bruna Santos, do Hortifruti KiloFrut, no Tauá, disse que foi preciso investir na entrega domicílio. “Estamos tentando de diversos meios equilibrar nossas contas. No começo da semana passada estávamos com medo pois não sabíamos como seria, já que muitos dos nossos clientes são idosos, mas vimos filhos e netos se mobilizando para fazer as compras. Ainda assim estamos cautelosos e contando que os moradores da região lembrem de nós na hora de sair para comprar”.

Hortifruti no Tauá teme sumiço da clientela no período

A padaria do Aníbal teve que fechar parte da loja, voltado para almoço e bar. O mini-mercado que funciona na padaria, tem anunciado promoções em suas redes sociais para atrair a clientela.

— Estamos abrindo dia e noite mediante a crise, tentando deixar a população da Ilha mais satisfeita e confortável possível, este é o nosso papel. Usávamos pouquíssimas vezes o sistema de delivery, que cresceu 100% aqui e agora entregamos até o Galeão para que a população não precise sair e tenha todos os produtos de qualidade quentinhos em suas casas — disse Carlos Alberto, um dos donos da padaria.

Prestigiar o pequeno comércio é um gesto positivo para garantir o emprego de milhares de insulanos que trabalham nessas atividades.