Opinião

Opinião - José Richard


02/07/2021 - Edição 2048

É inacreditável a desorganização no trânsito da Ilha do Governador, em cujas ruas reinam irregularidades praticadas principalmente pelas vans e motos. A absoluta falta de fiscalização para orientar o trânsito e punir motoristas abusados e alucinados, gera um desiquilíbrio entre o bom senso dos que se preocupam em cumprir a lei, contra uma quantidade crescente de desobedientes que, com suas loucuras e pressa, arruínam as regras e colocam a vida dos outros motoristas e pedestres em perigo. 

Existem sinais que uma turma de motoristas e motoqueiros não dão a menor importância e passam como se, simplesmente, não existissem. O motorista que se atreve a parar, se sente como um bobalhão e otário. Aquele que na ótica dos apresados tem tempo a perder num sinal. No trânsito da Ilha, sobretudo nas vias principais, a bagunça prospera vertiginosamente. Não há PMs nem Guardas Municipais agindo contra as centenas de motos sem placas. Muitas delas trafegam naturalmente sobre as calçadas e na contramão das ruas, sem nenhuma autoridade para impedir. 

Existem, pelo menos, três locais que se transformaram em verdadeiros símbolos da negligência das autoridades responsáveis pelo trânsito: em frente ao shopping, no Mundial do Cacuia e junto à passarela ao lado do Casa Show – na pista de entrada da Ilha. Nesses locais os pontos de ônibus, nas horas de maior movimento, são tomados por vans e agora carros de aplicativos que estacionam à espera de clientes e atrapalham a segurança dos procedimentos de embarque e desembarque nos coletivos, colocando em risco de atropelamento os passageiros. 

Caminhamos para uma situação pior. Enquanto as autoridades priorizarem rebocar carros de moradores estacionados em frente às suas casas, em ruas internas – talvez para atingir metas na produção de multas –, a situação tende a piorar a cada dia. Quem luta por cidadania precisa reagir contra a omissão das autoridades nas vias públicas. É muita bagunça. É uma vergonha!