Opinião - José Richard

Com a pandemia que tantas dores já nos trouxe e perdas insubstituíveis de muitos e grandes amigos, veio também à luta pela sobrevivência e o desemprego que atingiu muitas famílias. O enredo que vivemos e as cenas trágicas que assistimos diariamente, há cerca de 15 meses sem interrupção, não poderiam passar pela cabeça do mais pessimista e cruel escritor. Quem, no início do ano passado imaginaria essa tragédia mundial. 

A força desta terrível doença não está limitada a atingir pessoas pela idade avançada ou debilitadas. Todos nós, pobres e ricos, gordos ou magros, verdes ou azuis, estamos vulneráveis. Na quarta feira da semana passada o diretor do Colégio Mendes de Moraes e sua mulher deram entrada com Covid no Hospital Evandro Freire, e três dias depois ambos estavam mortos devido ao agravamento da doença. O casal Wander e Zenaira fazem agora parte de uma triste estatística que não pára de crescer e que continua a apavorar todos nós.  

Onde e quando as pessoas são contaminadas é imprevisível saber. Por isso, reitero o que já escrevi algumas vezes neste espaço recomendando definitivamente a todos para que exagerem nos cuidados de prevenção. Lembrem-se do uso de máscara quando estiver fora de casa, uso de álcool gel nas mãos e manter o distanciamento social, evitando aglomerações que implicam na provável proximidade com pessoas que nem sabem que estão contaminadas, e podem transmitir a doença, fazendo de você uma próxima vítima, ou pior, um transmissor involuntário do vírus até seus familiares.  

A possibilidade de contaminação precisa ser levada mais a sério. A inobservância das cautelas poderá trazer sofrimento e consequências muito graves para as pessoas que amamos. Ao se cuidar, você estará protegendo a sua própria família, e isso é o mínimo que, responsavelmente, temos a fazer.