Opinião - José Richard

A propósito das comemorações do Dia da Educação, na quarta passada (28), quero oferecer minha reflexão sobre a data reproduzindo parte de um texto do especialista em gestão educacional, o professor Marco Machado, cujo conteúdo ajuda na reflexão sobre a importância das escolas e da educação na formação jovens.

“A rotina da escola, que organiza o dia e as atividades é bem mais que uma condição necessária para assumir compromissos e aprender a responsabilizar-se. A vida escolar propõe espaços para o exercício da vontade, respeitando a dos demais, cria condições para que aflorem afinidades e vínculos de amizade, dá oportunidades para descobrir que as pessoas são diferentes e devem ser respeitadas em sua singularidade.

A escola não é o lugar onde só se ensinam “coisas”, mas onde os estudantes se constroem como pessoas e aprendem humanidades para se definirem como cidadãos de seu tempo. É onde se conhece o legado que construiu a civilização. A convivência, o respeito mútuo, os esforços coletivos e a ação mediadora dos professores vão edificando rotas para que os alunos conquistem autonomia e competências diante de etapas cada vez mais desafiadoras.

Entretanto, a escola é mais do que um lugar. É também um território com regras e repertório próprio, com acordos para a vida e trabalhos coletivos. Nesse contexto é que se desenvolve o sentido de pertencimento ao grupo, a uma comunidade em especial, para compartilhar ideias, objetivos e propósitos.

Nessas interações, crianças e jovens, trabalham a curiosidade e a imaginação, dão asas à criatividade e se descobrem potentes para realizar projetos. É na escola que praticam a empatia e o valor da generosidade.

Agora, não há como realizar totalmente, do jeito que sempre foi, esse conjunto de possibilidades, na oscilação do meio remoto, do presencial e híbrido.

Mas é possível, sim, manter conectados os sentimentos, os interesses e as aspirações dos estudantes, enquanto não podem voltar ao novo normal. A escola não é só um território físico, mas um espaço de interações que deve ser cultivado por professores e famílias em benefício dos educandos.”