Opinião

Opinião - José Richard

O aeroporto é vital para o Rio e a Ilha


Por José Richard

09/04/2021 - Edição 2036

Desde a semana passada a equipe de reportagem do Ilha Notícias pesquisa sobre as consequências da pandemia nas operações do Aeroporto do Galeão – Tom Jobim, cuja matéria será publicada na próxima edição. O assunto provoca muito interesse e preocupações obviamente pela importância do aeroporto no mundo moderno e, no nosso caso, por estar instalado no território da Ilha do Governador, além de ter entre os seus funcionários milhares de insulanos, fato que afeta famílias e a economia da região.

A questão é que com a pandemia a quantidade de voos, principalmente os internacionais, despencou no planeta, diante da proibição de alguns governos da entrada em seus territórios, de passageiros cujos voos partiram de outros países. No Brasil todos os aeroportos diminuíram suas operações, incluindo até as viagens domésticas para evitar ou diminuir a possibilidade de contaminação pela Covid-19. O tema da matéria que será publicada na próxima semana é relevante na medida em que destaca uma oportunidade para a discussão de mudanças importantes nas regras do imposto estadual sobre o preço do combustível da aviação, cujo percentual no estado do Rio de Janeiro é muito maior do que em São Paulo, prejudicando o desenvolvimento do setor no nosso estado.

Essa diferença reflete no aumento das despesas operacionais das empresas aéreas, e aquelas que buscam mais eficiência de gestão já centralizaram há tempos as suas operações no estado paulistano, alterando rotas para evitar o abastecimento das aeronaves no Galeão. Antes da pandemia nosso aeroporto já sofria economicamente e agora o problema se agravou de tal modo que a quantidade de voos foi reduzida drasticamente. Mas finalmente as autoridades do Rio acordaram para discutir a redução do ICMS sobre o querosene usado na aviação, fator que, como já disse, prejudica as atividades aeroportuárias e desestimulam novos investimentos no setor, aqui no Rio.

A medida estratégica, óbvia e urgente deve ser reduzir o percentual do imposto para níveis abaixo da tabela de São Paulo de modo a atrair de volta as grandes empresas de aviação, os eventos, congressos e os pacotes de turismo internacionais para a cidade mais bela do mundo. O mundo dos negócios precisa voltar a ter o Rio de Janeiro – e a Ilha do Governador – como porta de entrada para o Brasil. A redução dos custos operacionais é argumento imbatível.

Leia na próxima edição a matéria com informações importantes sobre a crise no nosso aeroporto.