Opinião - José Richard

O desenvolvimento tecnológico em busca de um futuro galáctico em Marte, por exemplo, faz a humanidade pagar um preço muito alto pelas consequências à saúde e descuido com a população mundial. O atraso nas pesquisas e ações sobre as mudanças climáticas e a poluição, tornaram o planeta uma terra doente. A conta está chegando de modo acelerado em forma de pandemias, instabilidade no clima, terremotos, ventos fortes, tsunamis e grave poluição das águas dos rios e oceanos.

As perdas de milhões de vidas por causa do coronavírus, merece uma maior reflexão, fora das diferenças políticas. Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, a questão já não é se vão acontecer novas pandemias, mas quando elas vão acontecer. Ou seja, a qualquer momento. A má notícia é que não estamos vivendo como personagens de um filme de ficção, tudo que está acontecendo é realidade pura, de sofrimento e incertezas.

O alerta da OMS, divulgado nesta semana, sugere que daqui para frente os humanos serão ainda mais frágeis para contaminação por vírus e bactérias, que inclusive já estão por aí. A ciência diz que uma nova contaminação por outras pragas pode atingir a população mundial mesmo antes de estarmos todos imunizados contra o coronavírus.

O planeta está sufocado e desidratado pela ambição do ser humano que priorizou sonhos interplanetários em busca de mundos fora das promessas do próprio Deus. O certo é investir na despoluição do planeta e pesquisar na cura das doenças como o câncer e outras para salvar os seres humanos.

Não vivemos hoje nenhum filme de ficção. O grave problema causado pela atual pandemia que obriga, principalmente, nossos idosos a viverem trancados em casa há mais de um ano pode afetar as gerações futuras, por absoluta falta de cuidado com a vida. Nesta semana novamente a água distribuída pela Cedae está contaminada por agentes químicos usados de modo inapropriado pela empresa que causa cheiro e gosto ruim, além de cor de sujeira na água servida ao povo para beber. Um absurdo!

O planeta agoniza e são raros os movimentos no sentido da autopreservação. Mas temos a obrigação de lutar pela vida. A do planeta e a dos seus povos. O Senhor criou a terra para habitarmos com zelo, como nossa casa, e temos a obrigação de conservá-la. Este é o nosso paraíso.