Opinião - José Richard

A campanha eleitoral começa nos próximos dias e uma das prioridades que deve fazer parte da agenda de propostas, para a Ilha do Governador, de todos os candidatos a vereador e prefeito é a questão da mobilidade urbana que na região funciona de modo ultrapassado e não atende a população.

A concessionária que opera a linha de barcas entre o Cocotá e a Praça XV, a empresa CCR Barcas, ignora as necessidades dos passageiros e só disponibiliza poucas viagens e em horários que absolutamente não atendem a maioria da população, sobretudo aqueles que trabalham no Centro da cidade. Indiferente às reclamações, a CCR não está preocupada, e toda mudança que faz parece com o propósito para piorar o serviço que já não tem mais interesse em continuar e só cumpre o tempo de contrato, alegando prejuízos.

Quanto às empresas de ônibus muita gente reclama que algumas linhas deixaram de existir e outras estão com poucos veículos tornando as viagens com superlotação e impossível manter o distanciamento recomendado pelos órgãos de saúde. Penso que tanto os vereadores como o prefeito que vai ser eleito precisarão realizar novos estudos para rever trajetos e criar um controle maior no fluxo das linhas além da fiscalização do estado de conservação de muitos veículos.

O serviço complementar realizado por vans e cabritinhos se tornou essencial para ligar rapidamente bairros e comunidades, mas é preciso ter uma fiscalização mais rigorosa para que possam servir a população com mais segurança e menos velocidade nas ruas. Muitos hoje andam com portas abertas, avançam sinais e estacionam em qualquer lugar para pegar ou deixar passageiros. Além disso, modificam trajetos em busca de passageiros, numa verdadeira demonstração de que não precisam respeitar nenhuma regra. E isso é ruim para a população que hoje se acostumou a usar esse serviço tão importante para o deslocamento interno.

Tanto o serviço de ônibus, como de vans e cabritinhos são organizados pela prefeitura, fato que torna o tema importante na agenda desta eleição municipal. O serviço de barcas, embora seja concessão do Estado, a influência da prefeitura para criar um sistema integrado com ônibus e vans é uma das soluções.