Opinião

Opinião - José Richard

A preocupação de todos deve ser permanente durante a pandemia


26/06/2020 - Edição 1995

A conscientização da população sobre os procedimentos para se prevenir contra a doença é fundamental // Foto: Pixabay
A conscientização da população sobre os procedimentos para se prevenir contra a doença é fundamental // Foto: Pixabay

O importante agora não é aproveitar a pandemia para multiplicar as nossas diferenças e fragilizar nossas fraquezas, mas ao contrário, a doença que atinge todos os países e já causou cerca de 500 mil mortes precisa ser o argumento para nos aproximarmos dos nossos familiares, parentes e amigos que, por alguma razão, estejamos distantes. É tempo de solidariedade e amor ao próximo.

A pandemia é a grande inimiga de todos e deve ser combatida por todos independente das outras coisas que eventualmente divergimos. A Covid-19 é uma adversária invisível e traiçoeira que está devastando famílias. Mesmo os doentes que tem a sorte de sobreviver, depois de passar pelas UTIs, relatam é claro, a alegria de terem sobrevivido, mas ficam marcados pela horrível experiência. Contam histórias terríveis dos dias que passaram entubadas em coma induzida para diminuir o sofrimento.

Reitero o que já disse algumas vezes nas últimas semanas nesse espaço. Por favor, diminua o risco de contaminação ao máximo. Se puder ficar em casa é o ideal, sobretudo se está na faixa de risco. Mas quem precisa trabalhar ou fazer coisas muito importantes fora de casa é necessário estabelecer e seguir uma rotina detalhada para sair e outra para voltar da rua. O uso de álcool gel, máscara facial de proteção e ficar distante de aglomerações precisa ser uma regra permanente enquanto a pandemia perdurar.

Segundo os especialistas estamos vivendo os dias de pico da doença no Brasil e o perigo do contágio está no descuido, seja qual for a cor da nossa pele, sexo e idade.

É importante saber que essa pandemia do coronavírus vai passar mais rápido na medida em que sejamos suficientemente responsáveis fazendo a nossa parte, mesmo que exagerando nos cuidados de prevenção. Pular etapas de relaxamento social é muito perigoso. Um olhar para países da Europa e até algumas cidades do nosso Brasil, que calcularam mal a retomada gradual das atividades, o número de óbitos aumentou imediatamente e as autoridades voltaram a adotar medidas restritivas que nos isolam e a economia acaba sofrendo mais.

A preocupação de todos deve ser permanente e ao nos protegermos, estaremos protegendo aos outros e nos aproximando daquilo que Deus nos ordenou: “Amar ao próximo como a nós mesmos”.