Opinião

Opinião - José Richard

Serviço das barcas no Cocotá é um verdadeiro deboche com o insulano


Por José Richard

20/09/2019 - Edição 1955

Passageiros precisam se programar nos três horários de ida pela manhã e outros três no final da tarde e noite // Foto: Arquivo Ilha Notícias
Passageiros precisam se programar nos três horários de ida pela manhã e outros três no final da tarde e noite // Foto: Arquivo Ilha Notícias

Volto à questão do transporte marítimo entre a Ilha do Governador e o Centro do Rio, por indignação e absoluta perplexidade diante do fato que nada é feito para melhorar o serviço, pelo contrário, cada notícia que chega é para retirar algum horário. Só informação ruim para a população.

Lembro que quando acabaram com o Terminal da Ribeira e transferiram para o Aterro do Cocotá, há 13 anos, a justificativa era a implantação de linhas de ônibus circulares com trajeto para todos os bairros da Ilha para levar e trazer os passageiros. A ideia era facilitar a vida dos insulanos, através de uma passagem única a ser utilizada no ônibus circular e barcas. Nada disso aconteceu e a centralização geográfica da estação que, na teoria, era a lógica acertada para oferecer aos insulanos a oportunidade de perder menos tempo no trajeto entre a casa e o trabalho caiu no esquecimento. Nada foi implantado.

Milhares de passageiros dos bairros da Ribeira, Zumbi, Pitangueiras e da Colônia Z-10 que antigamente tinham a facilidade das barcas perto de suas casas, hoje sofrem, como todos os insulanos, nos ônibus lotados para o Centro, correndo o risco de ficar pelo caminho em alguns coletivos velhos e mal conservados da Paranapuan, ou pior, serem assaltados no meio do caminho por criminosos que habitualmente embarcam perto da Base Aérea do Galeão.

Sem remédio, os moradores da Ilha, que ainda usam as barcas sexagenárias estão obrigados ao risco de algum acidente por conta dos equipamentos que não garantem uma viagem segura. Também precisam se programar nos três horários de ida pela manhã e outros três no final da tarde e noite. No restante do dia a Estação das Barcas do Cocotá fica às moscas. À noite os passageiros que chegam ainda correm o risco de assaltos no Parque Poeta Manoel Bandeira. É um deboche!