Opinião - José Richard

A crise provocada pelo Coronavírus é absolutamente inédita na história da humanidade diante da gravidade da doença, e sobretudo pelo acompanhamento virtual da tragédia que o vírus vem causando no planeta. Tem canal de televisão que mudou a programação, interrompendo programas e adiou a estreia de outros dando espaço jornalístico para as informações sobre o avanço da pandemia, apresentando diariamente dados estatísticas sobre a quantidade de novos casos da doença e a quantidade de pessoas mortas. Cenas duras de se assistir.

A conscientização da população sobre os procedimentos para se prevenir contra a doença estão sendo divulgados fartamente por todos os meios de comunicação e, imagino, não faz mal repetir que lavar às mãos com sabão, passar álcool gel nas mãos, evitar contato com outras pessoas e espirrar colocando o rosto junto ao braço dobrando para evitar a propagação de eventual contágio. É o mínimo que todos devemos fazer.

A programação jornalística na televisão esta semana foi quase exclusivamente sobre notícias da exponencial propagação da doença, principalmente na Europa onde centenas de pessoas contaminadas estão morrendo a cada dia. O clima entre os habitantes desses países é de medo, tristeza e perplexidade. Além disso, milhares de pessoas encontram dificuldades ou estão impedidas de viajar para seus próprios países, devido às medidas dos governos para tentar conter o avanço do coronavírus.

Sinto falta na Tv de notícias sobre os pesquisadores que estão trabalhando nos melhores laboratórios e centros de pesquisa do mundo tentando encontrar a vacina que cure os milhares de vítimas que sofrem infectados nos leitos dos hospitais e traga imunidade ao restante da população mundial. O noticiário também deveria trazer a esperança da cura e quais os países que estão à frente nas pesquisas, além da previsão de quando esses medicamentos poderão ser utilizados. Seriam gotas de otimismo para aliviar a tensão dessa catástrofe.