Opinião

Opinião – José Richard


16/04/2025 - Edição 2246

A Ilha do Governador precisa urgente da revitalização de uma das principais vias alternativas de trânsito da região: a Estrada das Canárias. A via liga a Estrada do Galeão ao Parque Royal e proporcionando um acesso mais rápido a bairros como Tubiacanga, Portuguesa e Moneró — além de ser um caminho menor para o Tauá, Bancários e Freguesia — esta via foi criada com o propósito de desafogar o tráfego intenso em um trecho importante da principal via de entrada e saída da Ilha.  

No entanto, o cenário atual está longe de cumprir esse objetivo. Conhecida como “Canárias”, a via está com a pavimentação deteriorada. Cerca de metade do percurso é cercada por muros intermináveis, calçadas desertas com capim alto, provocando uma grande sensação de insegurança, especialmente à noite, quando sem iluminação, o trecho na escuridão mete medo e se transforma em um local hostil. 

Na outra metade, a situação também é preocupante. As calçadas praticamente inexistem devido à invasão do espaço público por construções irregulares, que avançam até quase a pista de rolamento, obrigando os pedestres a dividir espaço com o trânsito de veículos, aumentando o risco de acidentes e dificultando ainda mais a mobilidade urbana. 

Esses fatores explicam por que a maioria dos motoristas evitam a Canárias, preferindo trajetos mais longos e congestionados a arriscar a vida. A via, que poderia ser uma alternativa estratégica para o trânsito da Ilha, tornou-se símbolo de preocupação dos insulanos pela falta de fiscalização e insegurança. 

É fundamental voltar os olhos para a Canárias. É preciso estabelecer medidas urgentes para recuperar sua urbanização, combater às invasões, e instalar iluminação pública, além da presença permanente de órgãos de fiscalização e da polícia para proteger os motoristas e os moradores da região, todos reféns dos cúmplices da omissão. A Ilha do Governador precisa de uma via alternativa segura para seus moradores.