Opinião

Opinião - José Richard


01/03/2024 - Edição 2187

Embora a Light tenha colocado dezenas de geradores em diversos bairros da Ilha do Governador na tentativa de evitar novos colapsos no abastecimento de energia, a instabilidade continua num revezamento de falta de luz incomum e sem aviso prévio. 

É importante registrar a paciência do povo insulano, que foi pego de surpresa no dia 12 de janeiro, quando houve o primeiro apagão. Desde então, já sofremos todo o desconforto que é viver muitos momentos sem energia durante esse verão. Justo o verão com os dias mais quentes da história. Um sufoco! Idosos e pessoas acamadas sofreram e continuam sofrendo a cada falta de luz. Além do desconforto e dor, acumulam-se prejuízos de toda espécie. 

Os prejuízos não atingem apenas a população, mas também as atividades produtivas de um modo geral. As dificuldades operacionais, pela falta de luz, obrigam paralisar atividades e suportar o mês acumulando prejuízos, aparentemente irrecuperáveis. Isso sem contar no desemprego que provoca. 

Quem trabalha home-office é outra vítima da ansiedade e pânico pela incerteza de cumprir sua jornada diária sem queda da internet, que depende da energia nas torres das operadoras de celulares. 

Outra coisa, a falta de luz também interrompe o funcionamento das bombas e provoca a falta de água na Ilha. A Águas do Rio – que substituiu a Cedae –, agora empurra a culpa para a Light e diz que faz manobras para equilibrar a distribuição em razão da instabilidade da energia.  

Precisamos muito dessas duas empresas operando bem. Torcemos para isso. Exigimos delas apenas o fornecimento normal, apenas normal de água e luz para que possamos garantir boas condições de vida para nossas famílias e o funcionamento das empresas e negócios sem o medo dos apagões e instabilidade. Neste início de ano já houve muito sofrimento e prejuízos. Basta!