Opinião - José Richard

Não se trata de um assunto novo, e não é nada engraçado, porque tem gerado grandes transtornos e prejuízos aos moradores da Ilha. Mas vale o registro para que o problema dos seguidos enguiços dos ônibus da Paranapuan caminhe para uma solução para não se tornar insuportável.

Um exemplo aconteceu com o ônibus frescão que saiu da Ilha do Governador na quarta, por volta das 6h da manhã, em direção ao Centro da Cidade e apresentou defeito em cima da Ponte do Saber, aquela que liga o Fundão à Linha Vermelha. O veículo estava lotado de passageiros apressados para chegar no trabalho e, segundo relato, o motorista simplesmente comunicou aos passageiro sobre o problema e o fim da viagem. Desolados, embora não surpresos, o grupo foi obrigado a caminhar apressados pela ponte em busca de outra condução que os levassem ao Centro. Veja as fotos na página 14 desta edição.

É inacreditável, mas nem o valor da passagem foi restituído. Exclusiva em trajetos importantes que ligam a Ilha do Governador a diversos bairros da cidade, a empresa é responsável por transportar vidas e sonhos cujos compromissos dependem da eficiência e bom funcionamento dos veículos.

A página no Facebook "A Paranapuan já quebrou hoje?" registra a maioria das vezes que diariamente os ônibus da empresa deixam os passageiros na mão ou, literalmente, ficam à pé no meia da rua, sem pai nem mãe. O tom da página é de sátira, até porque depois do sofrimento alguns passageiros, que já estão acostumados aos transtornos, relatam absurdos de outras viagens em que os ônibus quebram duas vezes e, para não sofrer mais diante do caos no transporte, encontram razões de rir para não chorar.

Entendo ser é importante para a Ilha do Governador que a Paranapuan encontre rapidamente uma maneira de superar seus problemas de modo a cumprir com mais qualidade as suas obrigações com os moradores da Ilha. E que não seja o reboque da empresa o veículo que mais trabalha durante o dia.