Opinião

Opinião - José Richard


Por José Richard

10/06/2022 - Edição 2097

Calçadas para uso dos pedestres na Ilha do Governador são raridade. Aquelas que um carro não pode estacionar em cima, tenha a certeza de que também não pode ser utilizada pelas pessoas, seja pelos buracos , raízes de árvores, canteiros com plantas ou qualquer outro obstáculo. 

No Quebra coco, um dos bairros mais bem cuidados da região, as pessoas decidiram fazer suas caminhadas diárias em busca de uma vida mais saudável pelo meio de algumas ruas. E não se tem notícia de algum atropelamento. Carros e pessoas se ajeitam e, há anos, algumas ruas são trajeto de boas caminhadas, utilizadas até por moradores de outros bairros com trajetos principalmente pelas acolhedoras ruas Repouso, Os Sinos e Galo Branco. 

Entretanto, o que dizer de outras calçadas estreitas e com carros estacionados com as duas rodas sobre elas, impedindo a passagem das pessoas e colocando em risco todos que se atrevem a usar a rua como única alternativa para prosseguir. Pior situação acontece na Estrada do Galeão e outras vias importantes da região, onde o movimento do comércio é muito intenso e o transtorno ainda mais complicado diante da ocupação dos carros estacionados com as quatro rodas sobre as calçadas. Além disso, nesses locais existe a ação indigesta de algumas figuras que se intitulam donos do pedaço e se dizem flanelinhas. Claro que isso é ilegal! 

Entretanto, diante da fiscalização inoperante da Guarda Municipal, os falsos flanelinhas proliferam por todos os lados e dividem os espaços das calçadas nessas vias importantes ameaçando os motoristas que não concordam em pagar o valor estabelecido pelos ilegais donos do pedaço. Por outro lado, também é meio sem noção quem estaciona seu veículo sobre as calçadas e ainda aceita como guardador alguém que não tem licença para assumir essa responsabilidade. 

Outra coisa, as calçadas espaçosas nos locais de grande movimento podem dividir espaço com os pedestres de modo harmonioso. A prefeitura possui normas que permitem a realização de pequenas obras de rebaixamento do meio fio, garantindo espaço e seguranças dos pedestres e abrindo espaço para os clientes do comércio. Basta que a atividade comercial apresente projeto e realize as obras.