Opinião

Opinião - José Richard


25/03/2022 - Edição 2086

A questão do meio ambiente na Ilha do Governador deve ser encarada como uma das principais responsabilidades públicas, privadas e de cada um de nós insulanos, que moramos na melhor região da cidade. Quem olha para o futuro sabe que todos os esforços ainda serão mínimos diante do estrago que os homens e suas máquinas já produziram na Ilha e no planeta. 

Um dos pontos absurdos dessa loucura está perto de nós, nos cerca e convivemos diariamente sob o olhar indiferente. Falo da poluição das águas da Baía de Guanabara que a cada dia estão mais poluídas, sobretudo perto da Ilha do Fundão onde técnicos da UFRJ nominaram as águas como um verdadeiro caldo de bactérias, depois de uma análise realizada no entorno do Fundão. 

Portanto, qualquer esforço para preservar canteiros, árvores e o solo da nossa região deve ser incentivado de modo a que outras ações similares motivem pessoas e grupos a se organizarem para ações espontâneas e voluntárias de limpeza em ruas, praças e praias. Sei que não é obrigação da população agir nesses casos, mas de órgãos públicos como a Comlurb, cujo trabalho não tem sido eficiente diante do acúmulo de sujeira existentes por muitos espaços públicos, muitas vezes despejadas irresponsavelmente nas ruas pelos próprios moradores.  

É uma questão de cultura da população. Uma pequena parte é preocupada e age em ações de limpeza nas orlas ou manguezais, enquanto outra parte, embora menor, emporcalha nossas vias públicas inclusive o mar, tornando nossa existência cada vez mais duvidosa.  

Em pouco tempo, a vida na terra poderá ser insuportável. O uso de máscaras e tubos com oxigênio serão obrigatórios, não apenas para evitar alguma contaminação entre os humanos sobreviventes, mas sobretudo para respirar o ar podre e nos banharmos em algum caldo de bactérias da Baia de Guanabara.  

Mas Deus é bom!