Opinião

Opinião - José Richard


11/03/2022 - Edição 2084

A prefeitura anunciou há algum tempo que pretende revitalizar as ciclovias da cidade, fato importante para uma cidade com as características do Rio de Janeiro, cujos habitantes apreciam atividades ao ar livre e sobretudo, porque pedalar faz bem á saúde.  

Por outro lado, a população e os ciclistas esperam que desta vez a prioridade das ciclovias não seja uma certa disputa entre cidades para conquistar o recorde de quilômetros, e isso ser apenas um elemento de marketing, colocado á frente de ciclovias seguras e construídas em vias cuja vida do ciclista não venha disputar espaços contra veículos, como existem alguns lugares aqui na Ilha.  

Qual o propósito os pais permitirem que seus filhos adolescentes pedalem em ruas perigosas, estreitas e cheias de buracos, sem a garantia da segurança. A revitalização das ciclovias precisa passar por um completo estudo metro a metro para garantir a tranquilidade de um simples passeio de lazer ou mesmo sendo usadas, cada vez mais, para o deslocamento de trabalhadores entre o emprego e suas casas e, mais recentemente, pelos serviços de delivery feito por ciclistas. 

Um péssimo exemplo dessa realidade são as ciclovias existentes na pista de mão dupla da Praia da Bica. Além do asfalto estar com muitas depressões provocadas por bueiros que não resistiram ao peso dos carros e ônibus, as laterais que sobram para a ciclovia são estreitas, e quando cruzam dois ônibus não sobra espaço nem para um mágico se manter na bicicleta. Além, disso os ralos e buracos nas laterais das pistas e os carros mal estacionados também precisam ser considerados como problemas graves para que a população, principalmente os ciclistas tenham segurança. 

Muito mais que a quantidade de quilômetros de ciclovias, os insulanos sonham com espaços bem planejados onde possam se deslocar com muita segurança, curtir passeios e até trabalhar com suas bicicletas, mas tudo com muita segurança. É o mínimo para que a vida de cada cidadão seja respeitada.