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Opinião - José Richard


Por José Richard

31/12/2021 - Edição 2074

Ao final de 2021 a retrospectiva do ano não é das mais animadoras, mas temos que comemorar a vida, porque somos sobreviventes de uma das piores pandemias de todos os tempos. O aprendizado nesses 22 meses, desde março de 2020. nos fizeram mais experientes e aprendemos a valorizar ainda mais a vida. A retrospectiva do ano, para nós que vivemos na Ilha do Governador é de expectativas frustradas, pois pouco ou nada mudou na infraestrutura da região. 

Os problemas são os mesmos do início do ano com um significativo aumento da criminalidade, sobretudo o roubo de automóveis e confusões pontuais no trânsito. Mas a parte mais sensível para a população é a desorganização dos transportes públicos e cuja tendência é piorar. 

As barcas que poderia ser a solução para o dia a dia, principalmente uma alternativa para os dias de congestionamento diminuíram significativamente seus serviços. A concessionária responsável quer devolver a linha para o Estado, e parece agir maldosamente para piorar a qualidade dos serviços diminuindo a qualidade dos serviços e o número de viagens. Com isso gera prejuízos graves na vida dos moradores da Ilha. E o estado não se mexe para resolver  

Diante disso, a população está nas mãos de um sistema rodoviário local formado por cabritinhos, vans, moto-táxi e ônibus, cuja desorganização provoca transtornos inexplicáveis como em Tubiacanga que só tem ônibus duas vezes por dia, às 5h e 6h da manhã. A região deve ter uns 3 mil habitantes que ainda não se acostumaram com esse abandono que já dura mais de um ano.  

Portanto, nesse finalzinho de 2021, a avaliação de desenvolvimento da região ficou abaixo de zero, na medida em que, serviços públicos como segurança, transportes, limpeza e trânsito não prosperaram. Enquanto muitos Insulanos lamentam a perda do carro nos assaltos, outros reclamam do lixo acumulado em terrenos que demora ser recolhido, da confusão no trânsito, e principalmente a questão do abandono e confusão do transporte público onde pessoas ficam horas esperando um ônibus, como os moradores das Pitangueiras, e nenhuma ação forte é executada que possa mudar esse panorama. 

A estagnação de ações de massa prejudica a qualidade de vida e o desenvolvimento urbano. As medidas paliativas não resolvem os problemas que tendem a piorar, principalmente se nos acostumarmos com eles, aceitando a queda na qualidade de vida que julgávamos ter conquistado.