Opinião

Opinião - José Richard


17/09/2021 - Edição 2059

A pichação ocorrida no final da semana passada do espaço histórico da Ponta do Tiro, dois dias após a entrega das obras de revitalização do local, é um ato vergonhoso praticado por vândalos que precisam ser identificados e presos. 

A Ilha do Governador, desde a ponte do BRT – cujas laterais também foram sujas –, tem centenas de prédios comerciais e residências atacadas por esses irresponsáveis que agem às escondidas durante a madrugada para destruir e sujar fachadas, muros e agora monumentos públicos. Esse péssimo movimento tem adeptos em toda cidade, mas na Ilha do Governador ultrapassou os limites da tolerância. 

Como essa turma de irresponsáveis não é invisível, eventualmente podem ser pegos em ação por moradores que precisam ser estimulados a produzir através das câmeras dos seus celulares fotografias e vídeos que devem ser encaminhados às autoridades policiais ou até enviadas para a redação do jornal que encaminhara às autoridades. 

Não é mais tolerável suportar a degradação do patrimônio particular e público sem que aja uma forte resposta contra essa turma do mal, cujos prejuízos materiais e culturais devem ser punidos para evitar que prosperem. Pichar não é uma brincadeira de gente humilde, mas um crime que desconfio seja praticado por gente que têm recursos para usar sprays de tinta, além de veículos para servirem para uma eventual fuga covarde e transportar equipamentos para escalar prédios, sujar imóveis e assustar moradores de prédios. 

A Pedra da Onça – outro monumento símbolo de lendas históricas da região – localizada no Bananal, cujos serviços de conservação já foram anunciados como próxima etapa do programa de revitalizações de símbolos públicos da Ilha, precisa ser protegida de uma nova ação dos vândalos. É preciso monitorar esses locais para facilitar o enjaulamento destes imbecis e acabar de vez com essa permanente ameaça à cultura e a história da região.