Notícias

Obras em orlas da Ilha estão atrasadas

Esgotado prazo de 120 dias, Pitangueiras e Guanabara seguem com riscos


27/05/2022 - Edição 2095

Partes da calçada da Praia das Pitangueiras continuam esburacadas e com desníveis e obras do píer ainda seguem em estágio inicial
Partes da calçada da Praia das Pitangueiras continuam esburacadas e com desníveis e obras do píer ainda seguem em estágio inicial

As obras do plano de recuperação de orlas da Ilha do Governador, que inicialmente contemplariam as praias das Pitangueiras, da Bandeira, do Cocotá e da Guanabara, estão atrasadas. Em visita a região, o prefeito Eduardo Paes deu início as obras, no dia 13 de janeiro, com prazo final de conclusão em 120 dias, conforme divulgado pela prefeitura ao jornal Ilha Notícias. Passado esse período, a orla, principalmente, das Pitangueiras, ainda sofre com buracos na calçada, que atrapalham os moradores da região, que precisam se arriscar entre os carros para caminhar.  

Das quatro orlas inseridas dentro do plano, apenas Cocotá e Praia da Bandeira, estão com obras praticamente prontas, faltando poucos detalhes para serem concluídas. Nestes locais, que eram de grande preocupação dos insulanos, foi feita a demolição do passeio para a construção de um novo e a pista e calçada passaram por remoção de camada asfáltica e aterramento. No entanto, na orla da Praia da Guanabara, próximo à Pedra da Onça, um quiosque corre riso de desmoronar, a obra ainda está em estágio inicial, andando lentamente, de acordo com os moradores.  

— Eles começaram tem cerca de dois meses, mas está bem lento mesmo. Poucas pessoas trabalhando. Pelo prazo que deram e a quantidade de coisas que ainda precisam ser feitas, acredito que se continuar neste rimo vai demorar muito mais. É um risco para todos nós que caminhamos por aqui, embora neste momento esteja bastante sinalizado — afirma o aposentado, morador da Freguesia, Nilton Cordeiro, de 67 anos.  

Nas Pitangueiras, a construção do novo píer para atender os pescadores locais está atrasada. As calçadas, principalmente, no sentido da Ponta do Tiro, na Praia da Bandeira, estão em estado crítico, sem nenhum tipo de intervenção aparente. “É ruim, porque acabamos tendo que correr riscos desnecessários. Somos privilegiados de morar em uma praia com ar limpo, que estimula a prática de atividades, exercícios físicos, ao mesmo tempo em que temos calçadas em péssimo estado, que faz com que tenhamos que nos arriscar na pista entre os carros à toa”, disse a professora de matemática, Lucia Pinheiro, de 46 anos.  

De acordo com a secretaria de Infraestrutura, a conclusão das obras da orla sofreu atraso devido às condições climáticas. Além disso, garante o órgão, estão correndo novos trâmites administrativos para a inclusão de novos pontos no escopo do projeto e, por consequência, um novo prazo de conclusão será divulgado em breve.