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ONG alemã faz parceria com pescadores

Participantes são da Colônia Z-10 e objetivo é reciclar lixo plástico


02/10/2020 - Edição 2009

Em cada dia de operação nas águas perto da Colônia Z-10, são recolhidos cerca de 500kg de materiais tóxicos, pneus e muito lixo
Em cada dia de operação nas águas perto da Colônia Z-10, são recolhidos cerca de 500kg de materiais tóxicos, pneus e muito lixo

A poluição da Baía de Guanabara é uma das maiores vilãs dos pescadores artesanais da Colônia Z-10, que convivem diretamente com o problema do lixo nas águas e vão em busca do pescado em meio aos resíduos. Para combater os efeitos da poluição, os pescadores estabeleceram uma parceria com a ONG One Earth – One Ocean (OEOO) para realizar mutirões de limpeza nas águas da baía.

Fundada na Alemanha, a OEOO é uma organização que atua na proteção ambiental em diversos países. Desde 2019 a ONG instalou uma sede no Rio de Janeiro e, há dois meses, deu início a um projeto piloto na Colônia Z-10, que consiste na remoção de resíduos, sobretudo plásticos, das áreas próximas à Colônia.

As ações são realizadas duas vezes por semana e conta com a participação de dez pescadores da comunidade que utilizam seus próprios barcos para chegar aos locais mais afetados pela sujeira. A organização da ONG e a Associação dos Pescadores contam que em média são retirados entre 400 e 500 kg de lixo por dia de mutirão.

Um dos pescadores artesanais mais antigos da localidade, Thiago Caiçara valoriza a parceria com a OEOO e explica que o projeto trabalha com a logística reversa, cujo objetivo é recuperar o máximo de materiais descartados Para reciclagem e reaproveitamento.

— Nós já fazíamos um trabalho de coleta na Colônia Z-10 desde 2015, e a ONG já atuava na preservação ambiental na Europa. Então, o que houve, foi um casamento perfeito em que todo mundo trabalha junto e contribui com experiências ambientais — explica Thiago.

Laura Kita Kejuo, coordenadora do projeto da ONG, comemora o sucesso da parceria e espera que a iniciativa crie consciência ambiental não só entre os pescadores, mas contagie toda a população.

— O importante era que a gente desse o primeiro passo, porque ao dar o primeiro passo o restante da caminhada é mais fácil — ensina Laura.