16/04/2025 - Edição 2246
Era noite de 13 de abril de 2024 quando Maya Sofia veio ao mundo. Mas seu nascimento não foi só mais uma chegada ao planeta. Ela marcou o renascimento de um sonho antigo da comunidade insulana: o retorno da maternidade no Hospital Paulino Werneck, que reabriu as portas no dia anterior após mais de uma década sem partos realizados na região. Iniciava ali, portanto, uma nova geração de “insulanos da gema”.
Na quinta-feira (10), um ano depois, Maya retornou ao hospital que a acolheu em seus primeiros instantes de vida. Acompanhada da mãe, Juliana Mota, e da avó, que também nasceram no Paulino Werneck em outros tempos, a pequena visitou os profissionais que a trouxeram ao mundo e arrancou sorrisos emocionados de toda a equipe.
— Foi muito especial. Eles se lembram dela com carinho. Esse hospital faz parte da nossa história de família. Desde que nasceu, Maya é sempre lembrada pelos vizinhos. Até hoje, muita gente comenta sobre a primeira bebezinha a nascer de novo na Ilha. Ela adora, acena e sorri para todos que falam com a gente na rua — conta a mãe Juliana Mota, orgulhosa.
Reinaugurado como Hospital Maternidade Paulino Werneck, a unidade passou a ser referência na assistência à saúde da mulher e do bebê. De lá para cá, já foram mais de 12.600 atendimentos realizados e 806 insulaninhos nascidos. Um marco para a comunidade que, por anos, viu seus filhos nascerem em bairros distantes.
A maternidade, hoje dispõe de 16 leitos obstétricos, UTI neonatal, leitos canguru, centro obstétrico com suítes PPP (pré-parto, parto e puerpério) — incluindo uma com banheira — além de suporte completo com atendimento de psicologia, nutrição, assistência social e serviços ginecológicos como laqueadura tubária. Em um ano, mais de 700 laqueaduras foram feitas na unidade.
O nascimento de Maya simbolizou mais do que a chegada de uma nova vida. Representou a retomada de uma identidade local. Um novo ciclo, no qual as famílias da Ilha podem ver seus filhos nascerem perto de casa, no mesmo hospital onde mães e avós também deram à luz. É o caso também da insulana Marta Gonçalves que em breve dará luz ao seu segundo filho, o Enzo.
— Estou sendo muito bem atendida e assistida no Paulino Werneck. A Clínica da Família que me acompanha faz questão da reta final eu estar vindo com mais frequência para conhecer o hospital e me ambientar para que tudo ocorra bem na hora do parto. Estou muito ansiosa, porém muito feliz por poder dar à luz mais perto de casa — finaliza Marta.
Hoje, Maya Sofia é apenas uma bebê esperta e sorridente. Mas sua história já está registrada na memória da Ilha — como a primeira insulaninha dessa nova geração que, com muito orgulho, nasceu onde o coração insulano bate mais forte: na própria Ilha do Governador.
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