Notícias

Marcelo é o novo presidente do Boi da Ilha

O mestre de bateria da União tem a missão de resgatar a tradição do Boi


22/07/2021 - Edição 2051

O presidente empossado Marcelo Santos (à esquerda), com o presidente da Velha Guarda, Roberto
O presidente empossado Marcelo Santos (à esquerda), com o presidente da Velha Guarda, Roberto

“Quero fazer novamente o Boi da Ilha acontecer”. Esta frase, dita pelo novo presidente do Grêmio Recreativo Escola de Samba Boi da Ilha do Governador, Marcelo Santos, de 33 anos, resume seu entusiasmo. Ele que se destacou nos últimos dois anos sendo um dos mestres de bateria da União da Ilha, ganhando ainda mais respeito no mundo do samba, agora tem a missão de resgatar a tradição da vermelho, preto e branco, que já desfilou na Marquês de Sapucaí.  

A situação do Boi da Ilha é complicada. Na última década, a escola acumulou uma sequência de resultados ruins no carnaval até ser suspensa por dois anos no desfile de 2017 em uma decisão polêmica da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesb), que alegou número insuficiente de componentes. Além disso, a agremiação está buscando um novo canto para chamar de seu, já que não existe mais a quadra que era localizada na Rua Pio Dutra, na Freguesia.  

Durante a sua gestão, Marcelo Santos promete buscar um novo local para a escola, que se filiou a Liga Independente Verdadeiras Raízes das Escolas de Samba (Livres), e vai voltar a desfilar na Avenida Intendente Magalhães, em 2022, pelo grupo C.  

— Sou cria da Ilha, apaixonado por samba, e por escola em especial. Fui mestre de bateria, diretor de carnaval do Boi. As minhas tardes de domingo, na infância, eram no Boi da Ilha, escola que já chegou a disputar o carnaval no mesmo grupo da União da Ilha. Eu não posso aceitar que tamanha tradição tenha acabado. Estou aqui, juntamente com minha diretoria, para recuperar os bons momentos da escola. Quero resgatar o Boi da Ilha da minha infância — afirma o presidente.  

Marcelo com o vice-presidente Dionísio

Uma das principais metas da nova diretoria é a reconquistar os boiadeiros de origem, aqueles que um dia já fizeram a agremiação alcançar grandes colocações no carnaval. Marcelo garante ter adquirido muita experiência nos últimos anos, envolvido diretamente com os carnavais da União da Ilha, que ele espera ser a grande coirmã nesta retomada do Boi da Ilha. 

— Hoje eu pego o Boi da Ilha, cujo patrimônio é a sua história, a bandeira e o nome. Serão cinco anos de trabalho, dedicação e comprometimento. Posso garantir que minha diretoria e eu vamos fazer a escola crescer e voltar a ser o que era antes. Quero fazer desfiles competitivos e colocar o Boi da Ilha de volta a Marquês de Sapucaí — finaliza Marcelo.